Alguém
vai ter que se explicar com a Justiça e com a própria população
porque os números de desalojados e desabrigados com as chuvas de
maio não batem. O Ministério Público está cumprindo o dever de
fiscalizador e já se sabe que a conta não fecha em alguns
municípios. Há a possibilidade de erro (ou montagem de números) em
100%.
Na verdade a maquiagem pós enchente seria um escândalo revelado se houvesse fiscalização como agora. Mas o próprio Ministério Público sempre fez o tipo enterro de anão: você sabe que existe mas não consegue ver um.
Agora o bicho vai pegar. Tem sido assim desde que Alfredo Gaspar de Mendonça assumiu a Procuradoria-Geral do Ministério Público Estadual.
Quer saber onde tem coisa troncha? É só fazer o pente fino como deve ser feito em qualquer cidade atingida pelo volume de água.
E sabe porque os números são sempre para mais? Porque os recursos vem para atender muito menos que o divulgado.
E sabe o que sempre aconteceu? Os prefeitos fizeram a festa, ou dando casa de mais ou criando casas de mais - no papel.
A enchente que devasta cidades, desaloja famílias e mata pessoas é a mesma que provoca a revolução do lugar, mas o crescimento é só no número de casas. É um fenômeno tão antigo quanto a seca no Sertão. Só que lá é real.
Me disse um prefeito: “Na próxima reunião da AMA o bicho vai pegar. Não podemos pagar o pato sozinhos”.
É
esperar para ver, porque a moda da delação deve encher a cabeça de
muita gente.
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