O mês de novembro é marcado pela cor roxa, símbolo da luta pela prevenção e pelos cuidados com a prematuridade. No Dia Mundial da Prematuridade, celebrado em 17 de novembro, instituições de saúde em todo o mundo reforçam a importância da assistência especializada aos recém-nascidos que chegam antes das 37 semanas de gestação.

Em Alagoas, a Maternidade Escola Santa Mônica (Mesm), unidade assistencial da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), se destaca como referência estadual no atendimento a esses bebês, oferecendo estrutura avançada, equipe multiprofissional e práticas humanizadas de cuidado.

Neste ano, o Novembro Roxo traz o tema “Garanta aos recém-nascidos prematuros começos saudáveis para futuros brilhantes”, ressaltando o impacto do cuidado neonatal na vida adulta. “Se oferecemos um cuidado inicial que protege o cérebro em desenvolvimento, prevenimos sequelas e possibilitamos que essas crianças se tornem adultos saudáveis e produtivos”, destaca Manuela Lima, coordenadora do Método canguru na Santa Mônica.

Os números revelam a importância desse cuidado contínuo. A cada 10 bebês, um nasce prematuro no mundo. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, são cerca de 340 mil prematuros por ano - aproximadamente 931 por dia, ou um bebê prematuro a cada 10 minutos. Na Maternidade Escola Santa Mônica, entre janeiro e outubro de 2025, nasceram 3.521 bebês, dos quais 1.331 foram prematuros, resultando em uma taxa de prematuridade de 37,80% no período.

Manuela Lima, coordenadora do Método Canguru da Mesm, explica que os bons resultados estão diretamente ligados ao modelo de assistência oferecido. Ela destaca o Método Canguru, que vai além do cuidado clínico imediato. “Ele consiste em uma abordagem biopsicossocial, na qual cuidamos para além da saúde do bebê. Olhamos para o vínculo com a família, para o empoderamento da mãe e do pai nos cuidados cotidianos. O grande destaque é o contato pele a pele, conhecido como posição canguru, que gera uma série de benefícios”, disse.

A maternidade conta com 26 leitos de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), 26 leitos de Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo) e 10 leitos da Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa), ambientes conhecidos por estimular o fortalecimento do vínculo entre mãe e bebê e promover os cuidados que favorecem o desenvolvimento neurológico e emocional do recém-nascido.

Maria Heloísa nasceu em 2 de outubro, no município de Lagoa da Canoa, na 24º semana de gestação, e foi transferida para a Santa Mônica dois dias depois, onde está internada na UTIN realizando os procedimentos necessários para sua recuperação juntamente com benefício do Método Canguru. Após um mês e meio, Roselana, mãe de Maria Heloísa, manifestou a importância dos cuidados para o seu bebê. “Eu só quero agradecer a Deus e aos profissionais porque ela já está melhorando e em breve vamos pra casa”, disse Roselana.

A coordenadora cita os benefício do Método Canguru, como a manutenção da temperatura corporal, a redução do risco de infecções, uma vez que a mãe transmite bactérias protetoras ao bebê, além de melhorias no sono, no controle do estresse e da dor, e no fortalecimento do aleitamento materno. “É uma série de vantagens que impactam diretamente no desenvolvimento saudável do bebê e na segurança da família”, afirma.

A coordenadora reforça ainda a importância do pré-natal como estratégia preventiva contra partos prematuros. “O pré-natal é fundamental. A mulher precisa ser cuidada durante a gestação e, se possível, antes mesmo de engravidar. Identificar e tratar fatores de risco reduz significativamente a chance de prematuridade”, pontuou.

Com estrutura especializada, equipe dedicada e compromisso com práticas baseadas em evidências e humanização, a Maternidade Escola Santa Mônica reafirma seu papel na proteção da vida desses pequenos guerreiros, contribuindo para um futuro mais seguro e saudável para cada bebê que nasce antes da hora.

Ascom MESM