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Com mais de meio século de vida pública o senador Benedito de Lira é o grande sobrevivente da política alagoana. São 52 anos de atuação, desde sua primeira eleição para vereador de Junqueiro, em 1966. 

O matuto, que nasceu no dia 1º de maio de 1942, tem a marca do trabalho e preste a completar 76 anos de idade ainda é capaz de provocar a turbulência capaz de derrubar o voo político 45112255 – Maceió/Brasília.

Causa da turbulência
O incansável Benedito não quer abrir mão da disputa ao Senado. E tem razão: pontua bem em todas as pesquisas, independente dos cenários. Os aliados e propensos parceiros têm feito de tudo para colocá-lo como candidato a vice, na chapa com Rui Palmeira. Raposa velha, o dançarino Benedito talvez não tenha se livrado do trauma de 1998, quando abriu mão da reeleição à Câmara Federal para somar na chapa com Manoel Gomes de Barros. A derrota para Ronaldo Lessa tirou Mano da política, mas Benedito, por méritos próprios, deu a volta por cima.

O voo 45112255 – Maceió/Brasília está ameaçado. PSDB, PP, PR e PSD têm densidade para uma eventual disputa ao governo de Alagoas e ao senado. O fato é que Benedito não aceita o argumento de que Marcelo Palmeira ganhará a Prefeitura de Maceió de mãos beijadas e Artur Lira terá o controle e comando do chapão.

Se Renan é O Mestre Nacional da articulação, com passagem já tirada para mais oito anos de voo MCZ/BSB, Benedito é o piloto que pode mudar a história da política de Alagoas, a partir de 2019.

O detalhe é que os números do voo 45112255 – Maceió/Brasília ficam inválidos em caso de pane. 

Todos os passageiros sabem que, sem a expertise do piloto Benedito de Lira, não há assentos, pelo menos no mesmo voo ao Senado, para Renan, Teotonio, Maurício Quintella e Marx Beltrão. É uma questão de matemática: cinco, para duas vagas. 

Entendeu a combinação dos números 45112255 – Maceió/Brasília? Só decola se resolverem o problema em terra firme, o que parece improvável, a esta altura.