7 de abril
se aproxima e a única certeza que o eleitorado de Alagoas tem é que Marx Beltrão e Maurício Quintella perderão o status de ministro e voltarão à
Câmara dos deputados.
A desincompatibilização do cargo é regimental e a dupla deixará saudade, porque nunca na história deste Estado dois ministros caseiros trabalharam tanto por Alagoas. Não é propaganda, é realidade.
Parceiros e amigos de longas datas, os dois ministros estão percorrendo Alagoas e mergulhando nos bastidores da política para eliminarem obstáculos e rasteiras para, só assim, poderem confirmar se vão buscar a tão especulada vaga de senador ou permitir o retorno de Renan Calheiros e Benedito de Lira.
Na eleição das fake news, boatos viraram a mais letal arma dos covardes e os blefes a carta na manga para os indecisos.
Daqui a uma semana não será possível confirmar para onde caminharão os ministros, mas a permanência de Marx no MDB dirá muita coisa.
Os que curtem a seara política sabem que dificilmente Marx Beltrão não disputará o Senado. Se optar pelo PSD é a certeza, se permanecer onde está deixará a mesma certeza. Pelo que ouvi do ministro do Turismo, o recuo a qualquer outro cargo será um ato de fraqueza, adjetivo que não lhe cai bem, porque ele mesmo diz que não arreda um centímetro do que faz, do que diz e do que se compromete.
Já Maurício Quintella, que nunca teve uma eleição fácil, desde a Câmara de Maceió, sempre surpreendeu nas urnas. A cada eleição era o primeiro a ter o êxito questionado e olhe onde chegou. Justamente agora, quando tudo indica sua primeira eleição à Câmara Federal a custo zero, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação quer pegar o voo mais turbulento de sua trajetória política. Para ser senador, Maurício precisará muito mais que coragem e disposição, é necessário que se desintoxique do glamour ministerial ou vai estar correndo o risco de voltar à orla para um banho de mar, uma bebida com os amigos e lembrar dos dias como vendedor na paradisíaca praia de Ponta Verde. Maurício, pelos anos de política, pelas seguidas vitórias, pelo projeto de 2020 e pelo bom senso, tem o direito e autoridade para escolher, só não pode errar.
A diferença é que Marx sobreviverá - politicamente falando - em caso de tropeço. Já Maurício pode quase tudo, porque perder representará o fim da linha. É aí onde o futuro de ambos os separa. É neste sentido que há vaga para APENAS um deles, no palanque com o sorridente Renan.
Uma coisa é querer; que se parece muito com sonhar, mas é totalmente diferente de conquistar.
Para Marx, é lutar.
Para Maurício é vencer ou 'morrer'.
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