Colunistas

Rogério Teófilo tem enfrentado um tsunami neste início de governo, em Arapiraca. Depois de vencer o grupo dominante há 20 anos na Capital do Agreste era evidente que não encontraria um mar de rosas, já que um dos pilares de sua eleição foi justamente o desgaste de Célia Rocha.

Rogério sabia das dificuldades que enfrentaria e que a oposição não lhe deixaria correr solto. Esse é um dos papéis da oposição, que ganha força justamente quando o gestor fica enfraquecido, como é o caso.

Com problemas de relacionamento na Câmara e servidores municipais, Rogério está ilhado e não conta com o apoio da maioria da população, principalmente os alunos da rede municipal e seus familiares.

Comenta-se em Arapiraca que sobra fogo-amigo na administração. O problema é que o tempo está passando e a governabilidade está ameaçada.

Um aliado de primeira ordem de Rogério me disse e pediu off, que o governador Renan Filho ligou para o prefeito arapiraquense se colocando à disposição. A fonte se mostrou preocupada com a resposta de Rogério Teófilo ao governador: “Vou avaliar e entraremos em contato”. Foi esta resposta que Renan Filho recebeu após oferecer a estrutura do Estado para evitar uma catástrofe na educação arapiraquense, que está com o ano letivo comprometido. Aliás, o ano e os próximos, porque 2017 é ano de IDEB. Do jeito que vai Arapiraca e Alagoas poderão ser penalizados.

As ações da Prefeitura de Arapiraca têm tido espaço aqui no AL1 e continuará tendo, mas não há como deixar passar a informação/preocupação de um aliado de primeira ordem, que viu a cegueira no posicionamento de Rogério após o telefonema de Renan Filho. “Não é hora de lado político; o momento é crítico e ele precisa entender e aceitar. O Luciano (Barbosa) não é inimigo de Arapiraca. O momento é do Rogério e a responsabilidade também”, disse o amigo do prefeito.

Avaliar um aceno do governador é, no mínimo, se apequenar. Acorda, Rogério.