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Maceió/Al, 29 de março de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
01/08/2020 às 20:15

Por 12.270 o PSDB Maceió virou nanico. Uma doença agressiva foi a pá de cal

12.270 foi o número de votos dados ao vereador Eduardo Canuto, nas eleições de 2018, quando disputou a vaga de federal. Esse número corresponde a diferença para Tereza Nelma, que levou a melhor na disputa com Canuto e Pedro Vilela, segundo colocado entre os tucanos e primeiro suplente de Tereza.  

No inicio do ano publiquei aqui que o PSDB já era, àquela altura, o primeiro grande derrotado das eleições em Maceió e no Estado. Não precisava ter bola de cristal ou ser expert em política. A aposta de Rui Palmeira era confirmar Canuto como o tucano mais votado. Faltaram 12.270 votos para o plano dar certo. Canuto (hoje no Podemos) seria, agora, competitivo para disputar o segundo turno (pelo PSDB).

Mesmo alinhada politicamente com Rui, a eleição de Tereza Nelma abalou os planos do prefeito da capital ao governo do Estado, em 22. Rui também amargou a decepção de Rodrigo Cunha não apoiar a candidatura de Canuto à sua sucessão. É aí onde os 12.270 votos fizeram falta para o projeto 2020 do grupo liderado por Rui.

Por outro lado, o Plano A de Tereza era disputar a prefeitura de Maceió e neste caso contaria com o apoio integral de Teotonio Vilela e, por consequência, de Rodrigo Cunha. Neste caso as complicações com a saúde de Tereza inviabilizaram sua candidatura. Rui até apelou para que Cunha atendesse a decisão da executiva nacional, de ter nome na chapa majoritária. É correto afirmar que Rui Palmeira fez o possível para que isso acontecesse, mas o mandato do senador eleito, falou mais alto que o final de ciclo do prefeito reeleito.

Moral da história tucana

Do apogeu, vieram as divisões internas, as derrotas de Pedro e Canuto, a virada de mesa de Cunha, o agravante na saúde de Tereza e, finalmente, sobra uma única opção ao pequenino PSDB: lutar, ou quem sabe blefar, para que uma mulher (ainda sem nome) seja companheira obrigatória na chapa de JHC.

O PSDB perdeu os vereadores de Maceió, o prefeito de Maceió, a chance de indicar uma candidatura própria para Maceió, porque o presidente da legenda no estadual decidiu ficar com a candidatura de JHC. E talvez nem indique um nome, já que João Caldas, articulador da campanha do filho, continua em entendimento com Nonô para levar o DEM para o palanque deles. E, nesse caso, Nonô vai negociar a indicação do vice.

Até agora amoitado, o líder nas pesquisas terá que engolir a jogada tucana. 

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