Pai é pai, biológico ou por adoção. Aliás, dizem que pai é o que
cria e cuida. Foi isso que Renan Calheiros fez com Luciano Barbosa. Deu-lhe vida
política, mas não se atentou para uma máxima na psiquiatria: ninguém muda
ninguém. O máximo, dizem os especialistas, é conseguir influenciar a cria. Talvez
seja por essa lógica que Luciano Barbosa deu a volta no seu mentor. Acho que
não tem nada por ter sido comunista até os anos 80.
Filosofia à parte, a relação pessoal entre os dois teve sua primeira crise em 30 anos, o que é natural nos relacionamentos, inclusive entre pais e filhos. Mas aí entra uma segunda máxima: a política tolera a traição, mas não perdoa o traidor. É assim que Luciano é visto na família MDB.
Portanto, fica difícil resolver - a tempo - a crise caseira entre “pai e filho”. A experiência de ambos coloca no ar uma única questão: Por que Luciano se rebelou contra Renan?
O cristal que unia os dois foi destruído e agora Renan, com sua sabedoria, terá que decidir se é mais oportuno manter o inimigo próximo (como vice-governador) ou distante (prefeito de Arapiraca)?
Eu tenho uma opinião, mas Renan além de pai e mentor, sabe jogar muito melhor que eu e você.
Só não espere flores.
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