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Sabino Fidélis de Moura (*)

Vem de longos anos através das anotações do tempo, um produto genuíno da nossa terra — os causos, os contos, as prosas, as histórias e as estórias…

São 222 anos de lutas e glórias!
Sou atrevido, sempre me lanço ao mar revolto — a lutar com os que não enxergam a magnitude da terra por quem sou apaixonado.

É uma hercúlea tarefa, mas não estou só, sinto que um verdadeiro exército de pessoas, também professam seus sentimentos de amor, paixão e outros de igual valia.

Anadia é berço da imortalidade!
E como conseguí-la?
Ahhh! Seu moço não é fácil — pois os que aqui nascem são dotados de muita cultura, ganham o mundo a cumprir suas diásporas — porém, brilhantes aonde quer que estejam encandecendo os olhos, de tanto brilho…

É a prole de Anadia.
Mas me responda, e a imortalidade?
Calma!
Preciso catalogar um a um dos nossos imortais — são muitos, efetivamente morando no coração de todos nós.

Para não causar reboliço citarei apenas que cada um que nasceu neste pedaço de chão limpo tem em mente uma relação dos imortais de Anadia.

Com o surgimento da Academia Anadiense de Letras e Artes — AALA, e sendo membro da mesma com muita honra e orgulho, recebi a sadia provocação de um amigo dileto que soltou a pomposa frase: ‘Agora você é um imortal’.

Entre risos, um certo ‘ar de alegria’ logo a realidade me bateu o velho coração apaixonado por Anadia.

— Agora respondo aos que querem saber o que fazer para atingir a imortalidade em Anadia.

Seja tão eterno quantos as personagens que povoam o imaginário popular do nosso povo, seja tão culto e brilhante quanto Estevão da Rocha Lima; dedique sua vida na preservação da nossa rica história, como fez Nicodemos Jobim.

E por fim!
Cante, brade aos quatro cantos do mundo em oração, em versos, em poesias e canções…

Anadia tu és Estrela Radiosa!
Feito isso terás meio caminho andado para alcançar a imortalidade.

Atingí-la é eternizar-se na memória e coração do nosso povo — é coisa para pessoas especiais, notáveis…

Caso contrário seremos apenas lembrados, igualmente como a fumaça do avião do Carlos do seu Aristeu — que fazia voos esporádicos, deixando um saudosismo nos que viram acontecer e nos que ouviram falar.

Porém, com o passar dos anos nos tornaremos apenas poeira do tempo!

Não é fácil não — atingir a imortalidade em Anadia.

Vida longa à AALA.
Viva Anadia!

(*) É filho de Anadia