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Maceió/Al, 07 de setembro de 2024

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26/07/2024 às 12:22

Semudh celebra Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha com debate sobre saúde e educação antirracista

O evento aconteceu no Mega Auditório Djalma Brêda, localizado no prédio-sede da Uncisal O evento aconteceu no Mega Auditório Djalma Brêda, localizado no prédio-sede da Uncisal

Jaci Lira

A Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh) realizou nessa quinta-feira (25), o encontro Julho das Pretas: Saúde e Identidade. O evento aconteceu no Mega Auditório Djalma Brêda, localizado no prédio-sede da Uncisal, e debateu a importância da saúde e identidade das mulheres negras de Alagoas, bem como a promoção do bem-estar.

Organizado pela Superintendência de Políticas para a Igualdade Racial, o encontro contou com articulação junto ao Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) e celebrou o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela, comemorado em todo 25 de julho.

De acordo com a superintendente de Políticas para a Igualdade Racial, Manuela Lourenço, o debate sobre a situação das mulheres negras no Brasil e em Alagoas é de extrema importância para a sociedade. “A gente vem num processo de fortalecimento da identidade da mulher negra, quilombola e de povos tradicionais. Estar nesse momento, com essas referências do movimento negro, é tentar sair do estigma dos indicadores que a população negra está incluída”, disse.




A vice-reitora da Uncisal, Ilka Soares, reforçou a importância do encontro para a quebra de preconceitos. “Esse é um evento extremamente importante, porque a gente derruba preconceitos e barreiras quando estudamos, aprendemos e temos argumentos”, enfatizou.

A primeira palestra foi ministrada pela professora Ângela Maria Benedita Bahia de Brito, sob o tema “Saúde da População Negra”, que trouxe para o debate a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, o Programa Mais Médicos e o envelhecimento da população negra.

“Nós queremos reparação na saúde, porque precisamos de uma política que discuta a saúde da mulher, do homem e da população negra”, disse a professora Ângela Maria, que aproveitou a oportunidade para comentar sobre a 2ª Marcha Nacional de Mulheres Negras, que acontecerá em 2025, sob o tema Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver.




A segunda palestra, intitulada “Feminismo Negro e Educação Antirracista” foi ministrada pela professora Salete Bernardo, que apresentou a trajetória do feminismo negro no Brasil e introduziu o tema da educação antirracista, explicando a diferença entre racismo, preconceito, discriminação e antirracismo.

“A gente ainda não tem direito sob o nosso corpo, então ainda precisamos lutar por muitas questões do bem viver, que engloba saúde, alimentação, educação, empregabilidade, moradia, entre outros”, disse a professora Salete.

O evento Julho das Pretas: Saúde e Identidade foi parte da agenda de julho da Semudh, que conta com atividades até o dia 1 de agosto. Participaram do encontro estudantes de ensino médio e universitários, professores e mulheres do movimento negro alagoano.

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