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16/08/2023 às 14:05

O projeto “ Chico de Assis conta Jorge de Lima e a Invenção da Poesia ” no ano de 2020

Jorge Mateus de Lima – Jorge de Lima, nasceu no ano de 1893, em União dos Palmares (AL). Fez o ginásio e o segundo grau em Maceió. Com apenas 15 anos, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia na cidade de Salvador, e, concluiu o curso no Rio de janeiro no ano de 1914. Neste mesmo ano, estreia na literatura com o livro de características parnasianas “XIV Alexandrinos”.

Já formado, exerce a medicina na cidade de Maceió, e também atua em cargos políticos e como professor. Jorge de Lima destacou-se também nas artes plásticas, mas é na literatura que é reconhecido como o “Príncipe dos poetas” através de um concurso literário promovido por um jornal de Maceió, chamado Correio da Tarde.

Muda-se definitivamente para o Rio de Janeiro por motivo de um atentado sofrido na porta do Liceu Alagoano, em 1931. No Rio trabalhou no Ministério da Educação e recebeu premiações, foi professor de literatura na Universidade do Brasil e vereador da Câmara.

Após seu primeiro livro, o autor aproxima-se mais da estética de sua época, o Modernismo. Em contato com outros autores regionalistas da época, inicia a produção de poemas em versos brancos e livres em contraposição à rigorosidade estética do Parnasianismo.

O contexto regionalista voltado à região do nordeste passa a ser tema das obras do escritor. Não só pela posição geográfica deste local, mas pelos problemas advindos deste fato, refletidos na paisagem e na figura das personagens.

Logo após essa fase regionalista, Jorge de Lima volta-se à poesia cristã e, juntamente com Murilo Mendes, escreve um livro cujo lema era a restauração da poesia em Cristo, chamado Tempo e eternidade. Além deste, há outros com a mesma temática: Túnica inconsútil e Anunciação e encontro de Mira-Celi.

Em sua obra Livro de sonetos retoma as rimas e métricas em alternância com os versos livres e brancos e mostra novamente sua vertente social com a temática do nordestino e do negro, esta última muito bem retratada em seu famoso poema “Essa negra Fulô”.

Outra obra que merece destaque é a Invenção de Orpheu, a qual se distingue pela mesclagem entre métrica e versos brancos.

O livro “Poemas negros”, de 1947, com ilustração de Lasar Segall, reúne dezesseis poemas de Jorge de Lima, já editados em livros anteriores e 23 novos poemas, apresentados através de Deuses africanos, uma espécie de história do Negro no Brasil, completando 70 anos em 2017.

“Chico de Assis conta Jorge de Lima e a Invenção da Poesia”


O espetáculo poético musical “Chico de Assis conta Jorge de Lima e a Invenção da Poesia”, adaptação de Chico de Assis, encenação de Marco Antonio de Campos em 2020 com participação do Grupo Colibri da Serra, contemplado com o prêmio Eric Valdo, edital da Secult AL com recursos da Lei Aldir Blanc, é a terceira montagem com o ator realizada pela Invisível Companhia de Teatro e produzidos pela Patacuri – Cultura e Formação AfroAmérindia.

A primeira foi “Graciliano um alagoano brasileiro – memorias de Heloisa” adaptação de Paulo Poeta e Chico de Assis em 2014, depois “Volta à Seca” de Maurício Melo Jr – 2016 contemplada com os prêmios Eris Maximiano da Fundação Municipal de Ação Cultural de Maceió e prêmio de Incentivo à Produção Teatral.

Está em processo de finalização a quarta montagem, o espetáculo “Zumba, um mestre quilombola” texto de Chico de Assis, sobre o artista plástico negro nascido no quilombo de Santa Luzia do Norte, José Zumba, previsto para estrear em setembro de 2022 todos com direção e encenação de Marco Antonio de Campos.

O ator Chico de Assis está celebrando 45 anos de carreira artística tendo passado pelo cinema, novelas e minisséries na TV Globo, comandado um programa de entrevistas na TV Assembleia de Alagoas, e trabalhado em Portugal para TV e cinema.

O espetáculo narra parte da biografia, curiosidades, experimentos com outras linguagens artistas como a escultura, pintura e fotomontagem, a relação do poeta Jorge de Lima, com figuras como Lasar Segall, Mario de Andrade, Murilo Mendes, José Lins do Rego, Raquel de Queiroz e Graciliano Ramos, e, com o movimento Modernista que completou 100 da Semana de 22.

"Jorge de Lima é um mundo de contradições por explicar e de dificuldades por resolver" afirma Mario de Andrade em 1939, constatando, a complexa personalidade do chamado "príncipe dos poetas alagoanos".

A montagem explora a sonoridade das palavras utilizadas por Jorge de Lima em sua vasta obra e busca o aproximar do público alagoano e dos países que falam português já que o espetáculo pretende viajar por diversos países de língua portuguesa.

Elenco


Chico de Assis

Participação Especial


Nany Moreno

Igbonan Rocha

Wilson Santos

Ficha Técnica


Adaptação - Chico de Assis

Encenação – Marco Antonio Campos

Customização – Arnaldo Ferju

Design Gráfico – Erick Silva

Cenotécnico - Erick Silva

Figurinos e Cenografia – Marco Antonio Campos

Projeto - Invisível Companhia de Teatro

Produção – Patacuri – Cultura e Formação AfroAmeríndia

Por: Assessoria

Galeria de Fotos

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