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Maceió/Al, 08 de junho de 2025

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12/01/2024 às 17:59

Alagoas registra crescimento na identificação de casos de hanseníase em 2023

Registro de aumento de casos acontece devido às diversas atividades realizadas pela Sesau em parceria com os municípios. Carla Cleto / Ascom Sesau Registro de aumento de casos acontece devido às diversas atividades realizadas pela Sesau em parceria com os municípios. Carla Cleto / Ascom Sesau

Ruana Padilha

A capacitação de profissionais pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) com o objetivo de sensibilizar e identificar a hanseníase no estado, resultou no aumento do registro da doença em Alagoas. Em 2023, o crescimento foi de 32,2%. A informação foi atualizada nesta sexta-feira (12), pelo Ministério da Saúde (MS).

A coordenadora do Programa Estadual de Vigilância e Eliminação da Hanseníase, Itanielly Queiroz, explica que o registro de aumento de casos acontece devido às diversas atividades realizadas pela Sesau em parceria com os municípios para o rastreamento precoce da doença. “Em 2023 realizamos várias capacitações nos municípios, entre elas, os treinamentos que contemplaram as 10 regiões de saúde para médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde que tiveram interesse em se capacitar. Também tivemos a passagem da carreta Roda-Hans por Alagoas, entre 11 de julho a 11 de agosto, que detectou 48 novos casos da doença”, disse.

Ainda segundo a coordenadora, o registro de novos casos condiz com o maior preparo e sensibilização dos profissionais de saúde na identificação da doença. “O registro de aumento de número de casos é fundamental porque, quanto mais capacitados os profissionais de saúde estiverem, mais terão condições de identificar a doença de forma precoce, fazendo com que o paciente inicie o tratamento o mais rápido possível e quebre a cadeia de transmissão e, assim, evitando as sequelas que a hanseníase traz”, explicou.

O secretário de Estado da Saúde, o médico Gustavo Pontes, destaca que a Sesau tem trabalhado incansavelmente para a capacitação dos seus profissionais. “Lutamos por profissionais de saúde capacitados e humanizados para prestar o melhor trabalho para o nosso estado”, disse.

De acordo com as informações do Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase, a cidade de Maragogi possui um aumento de 1.500% nos registros, seguida de Palmeira dos Índios, com 650%; Atalaia, com 500%; Capela, com 300%; e Pão de Açúcar, com 225% de crescimento nos registros.

Transmissão


A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal agente etiológico é o Mycobacterium leprae. A doença é transmitida de uma pessoa doente que não esteja em tratamento para uma pessoa saudável suscetível. A hanseníase tem cura, mas pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou o tratamento não for realizado adequadamente, pelo período preconizado, já que atinge pele e nervos.

Os sinais e sintomas mais frequentes de hanseníase são manchas e áreas da pele com diminuição de sensibilidade térmica (ao calor e ao frio), ao tato e à dor, que podem estar em qualquer parte do corpo, principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.

Itanielly Queiroz pontua que, ao identificar um caso da doença, é necessário realizar uma investigação epidemiológica da cadeia de transmissão da hanseníase, examinando qualquer pessoa que teve contato intradomiciliar e prolongado com o paciente, como familiares e amigos. “Quando fazemos a identificação de modo precoce nas unidades básicas de saúde, evitamos que, posteriormente, a doença se agrave.

Portanto, é importante ficar atento aos sintomas que são manchas brancas e avermelhadas na pele e comprometimento dos nervos periféricos. A pessoa acometida pela doença também pode sentir sensação de formigamento nas mãos e pés, diminuição ou perda da sensibilidade e nódulos no corpo, alguns deles dolorosos”, ressaltou.

A coordenadora do Programa Estadual de Combate à Hanseníase lembrou, ainda, que o tratamento é completamente assegurado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “O diagnóstico acontece por avaliação clínica do profissional médico e não precisa de exames complementares nem laboratoriais. Os remédios são distribuídos exclusivamente pela Rede Pública de Saúde e não podem ser adquiridos em farmácias, por isso é essencial que as pessoas procurem o atendimento médico de forma regular”, ressaltou.

Ascom Sesau

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