Com o objetivo de levar serviços jurídicos, profissionalizantes, de saúde e beleza para mulheres em vulnerabilidade, o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) realizou, durante o Agosto Lilás, a ação Arena do Empoderamento, impactando mais de 400 mulheres de Maceió e Arapiraca.
A ação buscou levar para essas mulheres a mensagem de que é possível viver uma vida sem violência. O vice-presidente do TJAL, desembargador Orlando Rocha enfatizou que há alternativa, sim, para mulheres vítimas de violência doméstica em Alagoas.
“Temos uma rede de proteção à mulher para mostrar que não estão sozinhas. Existe um aparato estatal, existe a Justiça e estamos prontos para mostrar que existe saída”, explicou. “Quem bate em mulher não é homem. É um covarde”, avisou o desembargador.
A juíza Eliana Machado, coordenadora da Mulher do TJAL, enfatizou que o projeto ‘Arena do Empoderamento’ é uma importante iniciativa do Judiciário alagoano para se aproximar ainda mais da sociedade.
“Esse evento representa a efetivação do artigo oitavo da lei Maria da Penha, trazendo um sistema especializado e integrado de proteção à mulher e mostrando que quando nos unimos fazemos a diferença. Aqui em Arapiraca a rede é realmente diferenciada e essa ação mostra que juntos, salvamos a mulher”, disse.
Arena do Empoderamento Maceió
Em Maceió, a Arena do Empoderamento aconteceu no Sesc Guaxuma, com participação de cerca de 130 mulheres de projetos sociais do litoral norte e do Vergel do Lago.
Oficinas profissionalizantes de turbantes, marketing digital e automaquiagem, reaproveitamento de alimentos, dicas sobre saúde reprodutiva, corte de cabelo, oficina de crochê e massagem relaxante foram serviços ofertados pelo Sesc, Senac e pela ONG CDDM.
Acesso à assistência jurídica gratuita, a atualização do CadÚnico, atendimento com psicólogas e assistentes sociais dos Juizados da Mulher e Casa da Mulher Alagoana e do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM) também integraram a programação.
Durante a ação, Thayse Lima, vítima de violência doméstica por nove anos, falou sobre sua força em sair da situação de violência que viveu por muitos anos.
"A Casa da Mulher Alagoana foi o primeiro lugar que eu bati na porta. De lá para cá, eu só me fortaleci. A vida começa quando a violência termina e é isso que estou vivendo, livre, feliz, empoderada e dando voz para muitas mulheres que ainda têm medo”, afirmou.
Em parceria com o Sistema Comércio, composto por Sesc e Senac, a terceira edição da Arena do Empoderamento Feminino contou ainda com apoio do Cesmac para levar às mulheres serviços jurídicos, profissionalizantes, de beleza e saúde.
Arena do Empoderamento Arapiraca
Em Arapiraca, a Arena do Empoderamento contou com a participação de cerca de 300 mulheres que buscaram os serviços ofertados no evento.
Serviços como agendamento de carteira de identificação, aferição de pressão e glicemia, massagem facial, oficina de gastronomia, atendimento jurídico e exames de saúde fazem parte da programação.
Maria Edna dos Santos aproveitou o dia para cuidar da autoestima, buscar informações e se profissionalizar. Ela tem 59 anos e ressaltou a importância de fortalecer a denúncia para proteger a mulher.
“Essa data é muito importante pra gente. A gente precisa aprender a se fortificar, a denunciar, a ter coragem de dar um basta na violência. A gente não é obrigada a ter um relacionamento abusivo. Não somos obrigadas a nos calar dentro de uma situação dessa”, enfatizou.
A ação de Arapiraca aconteceu no Sesc do município, em parceria com a prefeitura, Senac, Cesmac, entre outras instituições.
Dicom TJAL
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