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A rivalidade entre torcidas organizadas tem gerado um clima de violência nas ruas, onde as vítimas são escolhidas com base nas cores ou camisas dos times de futebol. O Ministério Público de Alagoas (MPAL) tem se empenhado em combater essa violência, e ontem, um membro da torcida Comando Alvirrubro, do CRB, foi levado a julgamento. José Cláudio Lopes dos Santos Júnior, conhecido como Júnior, foi condenado a 20 anos e 10 meses de prisão pela morte de Clebson da Silva Aureliano, integrante da torcida Mancha Azul, do CSA.
O crime ocorreu quando Clebson, voltando para casa após uma vitória do CSA, foi abordado por Júnior, que agiu de forma premeditada e violenta. Durante um confronto entre torcedores, Júnior recebeu a ordem de um comparsa para pegar uma arma e, em seguida, disparou contra Clebson pelas costas, impossibilitando qualquer defesa. O MPAL, representado pela promotora Adilza Freitas, argumentou que o crime foi cometido com frieza e por motivos fúteis, convencendo o júri em um longo julgamento de 14 horas.
Júnior foi condenado por homicídio duplamente qualificado e também por disparo de arma de fogo, totalizando 18 anos e 9 meses de reclusão. O réu já tinha um histórico criminal, com duas condenações anteriores, o que reforçou a decisão de mantê-lo em regime fechado. A morte de Clebson teve um impacto devastador em sua família, que deixou cinco filhos menores.
Esse caso serve como um alerta para a sociedade sobre os perigos do fanatismo nas torcidas organizadas e a necessidade de medidas rigorosas para coibir a violência associada a esses grupos. Que a condenação de Júnior seja um passo importante na luta contra a impunidade e na proteção da vida, um dos direitos fundamentais defendidos pelo MPAL.
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