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Maceió/Al, 25 de abril de 2025

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23/04/2025 às 18:54

No Dia da Lei de Libras, IRES chama atenção para a urgência da educação de crianças surdas em Alagoas

Nesta quinta-feira, 24 de abril, data em que se celebra o Dia da Lei de Libras, o Instituto Bilíngue de Qualificação e Referência em Surdez (IRES) reforça o alerta sobre um dos maiores desafios enfrentados pela comunidade surda: a ausência de creches e escolas bilíngues voltadas para a infância.

Apesar dos avanços na inclusão de pessoas surdas em Alagoas — que foi o sexto estado brasileiro a reconhecer oficialmente a Língua Brasileira de Sinais (Libras), ainda em 1998, com a Lei Estadual nº 6.060/98 — o acesso à educação bilíngue na primeira infância continua sendo um direito negado a muitas crianças.

“A Lei de Libras foi um marco. Graças a ela, formamos professores, intérpretes, tradutores, e abrimos espaço nas universidades. Mas, hoje, o nosso maior desafio é garantir o direito de aprender desde cedo. Criança surda precisa ser alfabetizada em Libras desde os primeiros anos de vida. Isso não acontece em escolas convencionais”, destaca Iraê Cardoso, fundadora do IRES e superintendente da Associação dos Amigos e Pais de Pessoas Especiais (AAPPE).

Segundo Iraê, o estado de Alagoas ainda não possui nenhuma creche ou escola pública especializada em educação bilíngue para crianças surdas.

“A comunicação é o primeiro passo para qualquer aprendizado. Negar o acesso à Libras na infância é comprometer toda a trajetória educacional da criança. É urgente que a educação bilíngue comece pela base”, afirma.

Educação bilíngue é prioridade

O IRES foi fundado em 2018 com o propósito de ser referência no atendimento e formação de pessoas surdas. Primeiro do Norte e Nordeste com essa proposta, o instituto oferece formação para jovens e adultos por meio da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) e do Atendimento Educacional Especializado (AEE), além de cursos de Libras, capacitação de intérpretes e tradutores, e serviços de acessibilidade em eventos.

Agora, o instituto trabalha para ampliar seu alcance, com a criação de uma escola bilíngue voltada exclusivamente para a infância surda.

“Esse é o nosso grande projeto: garantir às crianças surdas de Alagoas o direito a uma educação que respeite sua identidade linguística desde o berço. O futuro começa pela infância, e a inclusão também”, finaliza Iraê.

Fonte: Assessoria

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