O Poder Judiciário de Alagoas está realizando uma série de palestras nas escolas para orientar os alunos sobre o combate ao abuso e à exploração sexual infantojuvenil. A iniciativa é da Coordenadoria da Infância e Juventude (CEIJ) do Tribunal de Justiça (TJAL), em parceria com a Secretaria da Cidadania e da Pessoa com Deficiência (SECDEF) e conselhos municipais.
A ação, que teve início na última quinta (8) e segue até o final do mês, é alusiva ao 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Já foram realizadas palestras em escolas de Girau do Ponciano, Marechal Deodoro, Porto Real do Colégio, Delmiro Gouveia, Viçosa, Chã Preta e Maceió.
O juiz Caio Evangelista, da 1ª Vara de Delmiro Gouveia, conversou, nessa quarta (14), com cerca de 60 alunos, de 5 a 11 anos, da Escola Municipal Professor Raimyson Silva Nascimento. Ele explicou a importância de abordar a temática.
"Debater o assunto é fundamental para conscientizar as crianças sobre a existência dessa prática perversa [abuso sexual], possibilitando que identifiquem e peçam ajuda logo no primeiro momento", afirmou o magistrado
A juíza Marina Gurgel palestrou nesta quinta (15) para cerca de 100 crianças, de 9 a 11 anos, da Escola Municipal Frei Damião, no Benedito Bentes, em Maceió. A magistrada apresentou aos alunos situações do cotidiano que representam uma forma de violência sexual, incluindo ações em redes sociais.
"Apesar da pouca idade, a maioria dessas crianças já usa as redes sociais e elas relataram abordagens criminosas nas quais indivíduos solicitavam fotos e vídeos íntimos", contou a magistrada, reforçando que a supervisão dos pais é importante para evitar o abuso.
As crianças também aprenderam a reconhecer condutas abusivas e como escapar delas. A magistrada afirmou que as denúncias podem ser feitas no Disque 100, nos conselhos tutelares da região da ocorrência, delegacias de polícia, Ministério Público, postos de saúde e nas escolas, por meio de conversa com diretores, professores ou psicólogos. "Em casos de violência sexual cibernética, a Polícia Federal também pode ser acionada", destacou.
Juíza Marina Gurgel explicou aos estudantes como denunciar casos de abuso e exploração sexual. Foto: Divulgação
Carol Neves - Dicom TJAL
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