Uma das arenas da tarde do primeiro dia da XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios foi comandada pelo Movimento Mulheres Municipalistas (MMM). O Encontro de Lideranças Femininas ocorreu na tarde desta segunda-feira, 19 de maio, e reuniu centenas de gestoras municipais e outras lideranças femininas que puderam debater o papel da mulher, em especial, no cenário político.
A idealizadora da temática foi a fundadora e presidente do Movimento Mulheres Municipalistas, Tania Ziulkoski, que agradeceu a presença expressiva das gestoras na arena e ressaltou a necessidade do debate. “É muito importante e gratificante para nós recebê-las nesta Marcha. Quando a gente vê essa arena tão cheia de mulheres competentes e aguerridas é uma alegria imensa”, comemorou. No mesmo sentido, a analista técnica do MMM, Thaís Mendes, falou acerca do surgimento do movimento e destacou como a CNM tem lutado pela ampliação de mulheres no cenário político. “Fazer com que essas mulheres se tornem visíveis, sejam representadas e tenham voz”, disse.
A prefeita de Andradas (MG), Margot Pioli, falou sobre como as mulheres têm capacidade de fazer a diferença na política. “Nós mulheres somos capazes de chegar e conquistar lugares inimagináveis, mas para isso são importantes momentos como esse que mostram nossa força.”
A vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, foi uma das palestrantes e destacou como a organização financeira tem atuado para melhorar a participação de mulheres em cargos de liderança. “A Caixa fez uma alteração para que a gente consiga ter pelo menos 30% das mulheres em cargos de chefia. A gente precisa dar mais visibilidade para conquistar mais espaço”, contou. Inês frisou ainda a importância de todos os governantes municipais atuarem para garantir Municípios melhores para mulheres e crianças.
A prefeita de Pedro Avelino (RN), Marina Trindade, compartilhou na plenária a sua experiência e as dificuldades de governar um Município. “Quando eu me propus a ser prefeita, [decidi que] não aceitaria outra coisa a não ser a melhor. Então estou lutando para mudar a realidade da minha população. A gente sofre muito preconceito ainda, mas não podemos deixar que isso seja maior que nossa vontade de fazer a diferença”, relatou.
A vice-prefeita de Meridiano (SP), Juliana Lima, também falou sobre os desafios que enfrentou por ser mulher e jovem. “Eu quis fazer um mandato de resultados e, por isso, foi muito importante buscar capacitação para poder debater de igual e até além dos outros gestores”, frisou.
Banco vermelho
Buscando debater as violências enfrentadas pelas mulheres, a Confederação convidou a representante do Instituto Banco Vermelho (IBV), Andreia Rodrigues, para falar sobre a causa liderada pelo instituto. O IBV é representado pelo banco gigante que é exposto em locais com grande circulação de pessoas para chamar a atenção para a causa. “A cada 10 horas, uma mulher é morta no Brasil. O Estado de Pernambuco é o que mais mata mulheres em nosso país. A história desse banco é para que a gente lembre sempre de sair da nossa zona de conforto. As pessoas começam a naturalizar o feminicídio, pois todos os dias mulheres são mortas. O feminicídio é evitável e vocês enquanto gestoras municipais têm a capacidade de atuar para evitar esses casos.”
Outra convidada para a plenária foi a representante da Betha Sistemas Débora Pamplona, que destacou a atuação da organização na busca por mais oportunidades para as gestoras locais com foco em tecnologia. “A gente tem soluções completas para que as prefeituras possam funcionar de forma mais tecnológica e informatizada”, contou.
O Encontro de Lideranças Femininas ainda deu espaço às gestoras que estavam na plateia da arena para que pudessem relatar suas experiências.
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Por Mabilia Souza | Fonte: Agência CNM de Notícias
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