Moradores de Ouro Branco, município historicamente afetado pela escassez de água no sertão alagoano, inicialmente vivencia uma nova realidade no abastecimento. Desde que negociamos a operação em setembro de 2022, a operação Conasa Águas do Sertão implementou uma série de melhorias e investimentos estratégicos que não resultaram em aumento significativo da oferta de água na região. As ações, fruto de um planejamento técnico detalhado e de um aditivo contratual com o Governo do Estado, visam solucionar um problema específico e levar mais qualidade de vida para a população.
Antes das intervenções, o abastecimento em Ouro Branco era marcado por longos períodos de rodízio, com a água chegando às torneiras apenas alguns dias por mês. Em alguns casos, a espera pode durar até 20 dias. Hoje, graças à ativação de novas adutoras e à recuperação de reservatórios que estavam inoperantes, a Conasa Águas do Sertão conseguiu triplicar a vazão de água para o município, passando de 8 litros por segundo para 30 litros por segundo. Essa melhoria permitiu que o ciclo de abastecimento fosse reduzido por uma semana, contemplando toda a área urbana.
As obras fazem parte de um aditivo contratual de R$ 71 milhões, sendo R$ 33 milhões destinados especificamente para melhorias na Bacia Leiteira, que inclui Ouro Branco, Maravilha e Poço das Trincheiras. Esses montantes contemplam a recuperação de aproximadamente 300 km de adutoras, a ativação de 11 reservatórios e um intenso trabalho de combate a perdas, com a remoção de ligações clandestinas e fraudes que comprometiam o sistema. "Recebemos do Estado a responsabilidade de executar essas obras, que são cruciais. Encontramos adutoras antigas, que passamos por dentro de propriedades rurais e apresentamos muitos desvios. Com as novas linhas diretas e a recuperação dos reservatórios, estamos garantindo que mais água chegue com qualidade e regularidade às casas das pessoas", explica Antonio Hércules Neto, diretor da Águas do Sertão.
Um dos grandes desafios enfrentados foi a existência de uma adutora antiga, com diversas ligações irregulares, que abastecia principalmente áreas rurais e sítios. Com a entrada na operação da nova adutora, mais moderna e eficiente, foi necessário um período de adaptação e manobras operacionais para garantir o abastecimento de todas as localidades. A entrega tem trabalhado para conscientizar a população sobre a importância do uso racional da água e do combate às fraudes, que prejudicam todo o sistema. “Estamos investindo em tecnologia, como o uso de geofones para localizar vazamentos ocultos, além de macromedidores e de um Centro de Controle Operacional (CCO), para identificar rapidamente qualquer irregularidade na rede e coibir o vandalismo”, complementa Antonio Hércules. “Apesar dos transtornos temporários que obras dessa magnitude podem causar, os benefícios a longo prazo são inegáveis e não se limitam a Ouro Branco, abrangendo outras localidades como Olivença, onde a ativação de adutoras e reservatórios também solucionou problemas históricos de abastecimento”, afirma.
Os moradores de Ouro Branco já perceberam a diferença. Um exemplo é o de Neide Rodrigues, moradora do bairro Marechal. Ela conta que agora está muito feliz com a melhoria no abastecimento: "Há cerca de dois meses estou contando com água em casa. Antes eu precisava pagar caminhão pipa para abastecer a caixa d'água durante o mês e gastava cerca de R$ 350. Agora não preciso mais ficar comprando água e pagar apenas a fatura, que dá cerca de R$ 80. Estou muito feliz e espero nunca mais sofrer com falta d'água como antes", relata Neide.
Fonte: Aline Angeli | Amais Imprensa
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