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Maceió/Al, 24 de maio de 2025

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22/05/2025 às 16:10

Fósforo, um recurso limitado que precisa ser bem utilizado

O fósforo é um Ingrediente essencial na agricultura por ser amplamente utilizado na produção de fertilizantes O fósforo é um Ingrediente essencial na agricultura por ser amplamente utilizado na produção de fertilizantes

Ingrediente essencial na agricultura moderna por ser amplamente utilizado na produção de fertilizantes, o fósforo também é incorporado em algumas baterias de lítio, que tem como um de seus principais usos, equipar carros elétricos. Mas, infelizmente, a disponibilidade deste mineral não é garantida.

Há diversos desafios com o uso de fosfato em baterias lítio-ferro-fosfato (LFP). Como o fósforo é amplamente utilizado na produção de fertilizantes, um aumento na demanda por baterias pode levar à competição com a indústria agrícola. Combinado com nitrogênio e potássio, o fósforo aumenta a fertilidade do solo e permite aumentar a produção de alimentos, a ponto de os cientistas se preocuparem regularmente com o risco de uma escassez de fosfato, afetando a segurança alimentar global.

O uso de fósforo em baterias permite atingir mercados além dos fertilizantes, e isso se tornou uma realidade por conta da grande oferta dos carros elétricos. Além do mercado automotivo, muitos analistas da indústria consideram que a bateria LFP desempenha um papel fundamental no mercado de armazenamento de energia.

Entretanto, os fosfatos não podem ser produzidos artificialmente e apenas uma quantidade limitada pode ser extraída. Os fertilizantes são responsáveis ​​por cerca de 50% da nossa produção global de alimentos. Com as produções agrícolas mais intensivas a cada ano, ocorre a redução

da quantidade de fósforo nos solos, por isso é importante que tenhamos mais fertilizantes, sejam minerais ou orgânicos, para garantir que a produção seja mantida diante do aumento populacional mundial.

O aumento da demanda por fosfato no mercado pode gerar o aumento de preço dos fertilizantes fosfatados, com isso, os agricultores podem decidir reduzir o uso de fertilizantes, mas isso reduziria a produção e a qualidade de suas colheitas, levando a uma diminuição na quantidade de alimentos disponíveis e, portanto, a um aumento nos preços dos alimentos.

Enquanto o esgotamento do petróleo está no centro de muitos debates, a escassez de fósforo está longe de ser um assunto de grande repercussão e dificilmente mobiliza a esfera política. Seu declínio diante de uma demanda exponencialmente crescente pode, no entanto, sinalizar uma ruptura com o modelo agroindustrial dominante. Se uma transição não for bem pensada, ela na verdade ameaça a segurança alimentar global.

Vale ressaltar que a exploração massiva de depósitos de fosfato, que não são um recurso renovável e o fósforo é insubstituível, pode levar a sérios problemas futuros, uma vez que o fósforo é um elemento sem o qual a vida não existiria.Os cientistas mais otimistas sustentam que restam centenas de anos até que o fósforo se esgote, enquanto outros dão menos de um século para que ocorra uma deficiência.

*Valter Casarin, coordenador geral e científico da NutrientesPara a Vida é graduado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP, Jaboticabal, em 1986 e em Engenharia Florestal pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"/USP, Piracicaba, em 1994. Concluiu o mestrado em Solos e Nutrição de Plantas, em 1994, na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz". Recebeu o título de Doutor em Ciência do Solo pela École Supérieure Agronomique de Montpellier, França, em 1999. Atualmente é professor do Programa SolloAgro, ESALQ/USP e Sócio-Diretor da Fertilità Consultoria Agronômica.

Sobre a NPV

ANPV - Nutrientes Para a Vida - nasceu com objetivo de melhorar a percepção da população urbana em relação às funções e os benefícios dos fertilizantes para a saúde humana. Braço da fundação norte-americana NFL – Nutrients For Life - no Brasil, a NPV trabalha baseada em informações científicas. A NPV tem sua sede no Brasil, é mantida pela ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos) e operada pela Biomarketing. A iniciativa conta ainda com parceiros como: Esalq/USP, IAC, UFMT, UFLA e UFPR.

Fonte: Assessoria

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