A Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal) recebeu, na manhã desta sexta-feira (23), cinquenta magistrados do Poder Judiciário de Alagoas para um encontro de boas práticas em Inteligência Artificial Generativa (IAG) na atividade jurisdicional. A abertura da reunião foi feita pelo desembargador Fernando Tourinho, diretor-geral da Esmal.
Fernando Tourinho ressaltou que, para aliar a Inteligência Artificial à prestação jurisdicional eficaz, é preciso saber executá-la com segurança.
“Vivemos um novo momento em que a inteligência artificial se impõe com força. O Judiciário precisa acompanhar essa transformação. O grande diferencial da IA está justamente na forma como é utilizada. Com o uso adequado, conseguimos aliar agilidade à manutenção da qualidade dos serviços que prestamos à população”, afirmou o desembargador.
O juiz coordenador de cursos para magistrados da Esmal, Ygor Figuerêdo, integrante da turma, destacou o caráter prático do encontro e a troca de experiências entre os participantes como essenciais para um debate proveitoso acerca da tecnologia.
“Magistrados que já vêm utilizando essa tecnologia estão compartilhando, passo a passo, como integram a IA no seu trabalho — desde a análise do processo até o uso responsável da ferramenta. Eles mostram quais elementos utilizam, como aplicam no dia a dia e, principalmente, como garantem a segurança e a responsabilidade nas decisões”, pontuou o coordenador.
Produtividade e eficiência
Helestron Costa, da 8ª Vara da Comarca de Arapiraca, parabenizou a iniciativa da Esmal e frisou que o constante aperfeiçoamento em relação ao uso da IAG é um facilitador para o Sistema de Justiça.
“Tratar do tema é imprescindível para a evolução do Judiciário, a fim de se atingir a chamada ‘hiperprodutividade’ no campo da tecnologia. Eu comecei a utilizar IA no trabalho em maio de 2024 e passei seis meses desenvolvendo essas ferramentas, que hoje me trazem um crescimento de pelo menos 30% em produtividade”, relatou.
Ele reiterou, ainda, que as ferramentas devem ser aliadas dos magistrados, sem a intenção de substituí-los, mas de cooperar com seu trabalho. “Elas não substituem a capacidade de análise de provas, que deve ser feita pelo juiz, mas conseguem agilizar o processo de produção de minutas após o exame criterioso feito pelo aplicador do Direito”, disse.
Caio Evangelista, juiz lotado na 1ª Vara de Delmiro Gouveia e um dos expositores da reunião técnica, frisou que a Inteligência Artificial entrega agilidade nos andamentos dos processos.
“No meu cotidiano, tenho utilizado a IAG com frequência. Isso tem me ajudado a oferecer uma prestação jurisdicional mais rápida e eficiente, sempre com muita responsabilidade. A IA está aqui para nos auxiliar, mas, no fim das contas, a análise das provas e a tomada de decisão continuam sendo atribuições exclusivas do juiz.”
Filipe Norberto – Ascom/Esmal
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