Neide Brandão
Há dois meses, a vida de Andrey Emanuel Gama, de 20 anos, mudou para sempre. Após anos de tratamento renal e a espera angustiante por um doador compatível, ele finalmente recebeu um novo rim no Hospital do Coração Alagoano, em Maceió.
Desde então, o jovem vem sendo acompanhado de perto pela equipe do Ambulatório de Transplantes da unidade, que oferece um suporte essencial no pós-operatório, visando a sua plena recuperação.
“Sou muito grato a toda a equipe. O transplante me deu uma nova chance de viver, e o acompanhamento que recebo aqui é fundamental. Sabemos que o primeiro ano é crucial para o paciente transplantado, tem o isolamento que mexe muito com o emocional de muitos. O processo é desafiador, porém gratificante. Sinto-me seguro, acolhido e confiante de que vou poder retomar meus planos”, compartilha Andrey Emanuel Gama.
O Ambulatório de Transplantes do Hospital do Coração Alagoano é responsável não apenas pelo preparo dos pacientes no pré-transplante, mas, também, pelo acompanhamento rigoroso no pós-operatório.
O trabalho é realizado por uma equipe multiprofissional que inclui médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas, odontólogos e nutricionistas, garantindo um cuidado integral e humanizado.
A assistente social Janayna Ernesto explica a importância desse acompanhamento contínuo. “Nosso papel vai além do procedimento cirúrgico. A gente orienta, monitora, acolhe. Para que o paciente consiga se adaptar à nova rotina, seguir corretamente o uso das medicações e ficar atento a qualquer sinal de rejeição. Esse suporte é determinante para o sucesso do transplante”, salienta.
Segundo ela, o acompanhamento de equipe multiprofissional reflete ainda no comprometimento do paciente, garantindo uma plena recuperação e uma melhor qualidade de vida.
Janaina reforça o olhar ampliado sobre o paciente transplantado. “O processo de transplante envolve diversas dimensões da vida do paciente — social, emocional, econômica. A gente trabalha para garantir que ele tenha acesso a todos os recursos que precisa para se manter bem e retomar sua vida com qualidade”, enfatiza.
Já a enfermeira Maria Wedja, que atua na Nefrologia e no Ambulatório de Transplantes, especificou como funciona este atendimento na prática.
“Após o transplante, o paciente retorna ao hospital para as consultas com os profissionais das várias especialidades; de início semanalmente; depois, sob orientação médica as consultas vão se espaçando para quinzenalmente, mensalmente, trimestralmente... Com a garantia de atendimento vitalício”, explicou, acrescentando que também são disponibilizados os exames laboratoriais, de imagem, além de consultas com outras especialidades médicas. “Oferecemos um acompanhamento completo”, reforçou.
Diferencial
Para o médico nefrologista e transplantador Ednis Oliveira, a atuação conjunta da equipe é o grande diferencial do hospital.
“O transplante é um marco, mas o verdadeiro sucesso está na manutenção da função do órgão ao longo dos anos. E isso só é possível com um cuidado contínuo, especializado e próximo, como o que oferecemos aqui. Este acompanhamento garante a vida do paciente”, ressalta.
De acordo com o especialista, este atendimento contínuo é fundamental para coleta de exames regulares e ajuste de medicações, além de possibilitar a detecção precoce de alguma alteração que possa estar ocorrendo no órgão.
“Nossa equipe acompanha o paciente por todo o processo”, enfatiza.
O diretor do Hospital do Coração Alagoano, Otoni Veríssimo, destaca o papel da instituição como referência em transplantes no Estado.
“Somos habilitados para realizar transplantes renais, cardíacos e hepáticos. Já realizamos 32 procedimentos, sendo 24 renais, quatro hepáticos e quatro cardíacos, com excelentes resultados. Isso só é possível graças ao empenho e competência de nossas equipes e ao investimento constante em estrutura e humanização feitos pela Secretaria de Estado da Saúde”, frisa o gestor hospitalar.
Ascom Hospital do Coração Alagoano
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