Arnaldo Santtos
Profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) participaram, na manhã dessa quarta-feira (28), de mais uma edição do Estudo de Caso Clínico, realizado no auditório do Núcleo de Educação Permanente (Nep) do Samu Maceió.
O encontro reuniu socorristas que atuam nas motolâncias e nas Unidades de Suporte Avançado (USA – UTI Móvel), com o objetivo de analisar um atendimento real de Parada Cardiorrespiratória (PCR) e discutir estratégias para aperfeiçoar os protocolos adotados.
O caso debatido envolveu um paciente de 56 anos, atendido em 12 de março de 2024, por uma equipe composta por quatro profissionais da USA e dois da motolância. Mesmo com a rápida atuação e a realização das manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP), o paciente faleceu.
A discussão levantou pontos importantes do atendimento, como o tempo-resposta, o deslocamento e o papel decisivo da equipe da motolância no primeiro contato com a vítima.
A coordenadora do Samu Maceió, enfermeira Beatriz Santana, destacou a relevância do encontro.
“Os estudos de casos são fundamentais para o aperfeiçoamento dos atendimentos. Ao rever cada etapa, conseguimos identificar pontos de melhoria e capacitar ainda mais nossas equipes para que possamos salvar mais vidas”, afirmou.
O coordenador do Nep, médico Luiz Antonio Mansur Branco, ressaltou que os estudos de casos clínicos envolvendo RCP no pré-hospitalar contribuem de forma decisiva para a qualificação dos serviços.
“Eles nos ajudam a entender melhor as complicações, revisar protocolos, analisar a eficácia de técnicas e identificar os desafios enfrentados durante uma reanimação. Esse tipo de discussão fortalece as estratégias de resposta e aumenta as chances de sobrevivência do paciente”, explicou.
Qualidade
Responsável pela apresentação do caso, o médico socorrista Ewerton Soares enfatizou que a prática e a teoria devem caminhar juntas.
“Um dos principais objetivos desses estudos é alinhar o que está na literatura com a vivência diária. Isso é essencial para que os profissionais estejam cada vez mais preparados para atender com qualidade”, destacou.
O enfermeiro Breitner Lima, que atua no serviço de motolância, também participou da análise e pontuou que, apesar do desfecho não ter sido favorável, a ocorrência trouxe aprendizados valiosos.
“A discussão abordou desde o tempo-resposta até o trabalho em equipe. É importante reforçar que, quando um leigo inicia as compressões torácicas com a orientação do Samu via telefone, 192, as chances de reversão da PCR aumentam significativamente. Isso pode fazer toda a diferença”, concluiu.
Ascom Samu
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