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Maceió/Al, 03 de junho de 2025

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30/05/2025 às 15:33

Especialista do Hospital da Criança explica os riscos do cigarro eletrônico para o público infantojuvenil

Apesar da proibição da venda de cigarros eletrônicos, a comercialização exacerbada sem fiscalização gera interesse entre os mais novos. Marco Antônio Apesar da proibição da venda de cigarros eletrônicos, a comercialização exacerbada sem fiscalização gera interesse entre os mais novos. Marco Antônio

Nataly Lopes

As substâncias presentes no cigarro eletrônico podem causar danos irreversíveis ao trato respiratório de adultos e, principalmente, do público pediátrico. Esse é um alerta da pneumologista Ana Cláudia Dowsley, que atua no Hospital da Criança de Alagoas (HCA), localizado no bairro Jacintinho, em Maceió.

Entre 2018 e 2022, o número de usuários de cigarros eletrônicos, conhecidos popularmente como vapes, quadruplicou no Brasil, de acordo com uma pesquisa do Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec). Foi um salto de 500 mil para 2,2 milhões de pessoas. Esse objeto se tornou uma febre entre os mais jovens, sendo usado por quase 17% dos estudantes de 13 a 17 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da proibição da venda de cigarros eletrônicos no país desde 2009, a comercialização exacerbada sem fiscalização gera interesse entre os mais novos.

“Recentes pesquisas observaram que a criança ou o adolescente começa a usar esses produtos mais por questões emocionais, como ansiedade, necessidade de socialização com os colegas e curiosidade”, explica a profissional.



Riscos do uso contínuo do cigarro eletrônico

No entanto, muitas dessas crianças e adolescentes não sabem os riscos que o consumo contínuo do vape pode ocasionar no organismo a curto e longo prazos. Para a especialista Ana Cláudia Dowsley, é até difícil dizer quais riscos podem ser gerados, porque não se sabe quais compostos estão presentes além da nicotina.

“Não tem só a nicotina, tem uma série de produtos químicos que dão um cheiro e um sabor adocicado e amanteigado. Essas substâncias causam danos irreversíveis no trato respiratório. No público pediátrico, por conta da fase de crescimento e de desenvolvimento, isso vai ocasionar um déficit na função pulmonar na idade adulta”, detalha a profissional.

O cigarro eletrônico consegue ser ainda mais danoso que o cigarro convencional justamente por conta dessas substâncias que não são informadas na embalagem, podendo causar insuficiência respiratória grave.



Onde procurar ajuda?

A especialista explica que é importante que os pais e responsáveis observem se seus filhos fazem uso e que devem procurar atendimento para tratar o vício. “Não basta só a ajuda do médico, do pneumologista, do pediatra. Vai precisar também do psicólogo e, dependendo do grau de dependência química do cigarro eletrônico, do psiquiatra”, afirma a pneumologista pediátrica.

Todos esses profissionais podem ser encontrados no Ambulatório de Especialidades do Hospital da Criança. Para ter acesso, é preciso marcar a consulta por meio do Sistema de Regulação na Unidade Básica de Saúde (UBSs) ou nas Secretarias Municipais de Saúde (SMSs).

Ascom Hospital da Criança

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