Na noite dessa sexta-feira (31), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) homenageou o empresário alagoano José Carlos Maranhão com a Medalha do Mérito Industrial, a mais alta condecoração da indústria brasileira. A indicação foi feita pela Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea). A cerimônia, realizada durante solenidade na Casa da Indústria, em Maceió, celebrou o Dia da Indústria e reuniu dirigentes da Fiea, familiares e amigos do homenageado.
Aos 86 anos, Maranhão é o usineiro mais longevo do Brasil em atividade. Ele é diretor-superintendente do Grupo Santo Antônio, um conglomerado empresarial que conta com a Usina Santo Antônio, localizada em São Luís do Quitunde, e a Usina Camaragibe, situada em Matriz de Camaragibe.
A honraria, concedida por indicação da Fiea, reconhece a dedicação de toda uma vida ao setor sucroenergético, estratégico para a economia alagoana. "É uma honra para nós. Ele é símbolo de resistência, de empreendedorismo. Um dos últimos da velha guarda em plena atividade", afirmou o presidente da Fiea, José Carlos Lyra de Andrade. Ele lembra que Maranhão se junta a João Lyra, Emerson Tenório, Carlos Lyra e Vitor Wanderley, representantes de Alagoas anteriormente agraciados com a mesma comenda.
Durante sua trajetória, Maranhão foi figura central na defesa do etanol brasileiro em disputas internacionais, além de ter sido o primeiro presidente da Associação Nacional dos Produtores de Álcool (Anapa), entidade que precedeu a criação do Proálcool, programa essencial para o desenvolvimento do setor.
Emocionado, o homenageado lembrou os mais de 60 anos dedicados à indústria da cana. “Ser reconhecido por todo esse trabalho é gostoso, é gratificante. Valeu a pena”, declarou. Ele destacou ainda o papel histórico do açúcar no impulso à economia alagoana e à ocupação dos tabuleiros do Estado, por meio de investimentos em inovação e tecnologia.
O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas (Sindaçucar), Pedro Robério, classificou a homenagem como “mais que justa” e ressaltou o papel de Maranhão como referência nacional. “Ele é o decano do setor. Comandou sua empresa com excelência numa das zonas mais difíceis do Estado. Uma inspiração para todos nós”, afirmou ele, que iniciou a carreira na empresa do homenageado.
Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e vice-presidente da CNI, Carlos Henrique Passos, a medalha é “o reconhecimento de uma vida inteira dedicada à indústria, que serve de exemplo para as novas gerações”. Passos participou da cerimônia representando do presidente da CNI, Ricardo Alban.
Já o industrial Jorge Toledo destacou o legado de Maranhão. “Ele é um ícone. Conviveu com três gerações da minha família. Sua história se confunde com a própria história do setor canavieiro no Brasil”.
Mérito Industrial
Criada em 1958, a Medalha do Mérito Industrial é concedida a personalidades e instituições que prestaram serviços relevantes à indústria nacional. A honraria reconhece a atuação de personalidades e instituições nacionais e estrangeiras que tenham se destacado e mereçam o reconhecimento da indústria brasileira.
Fonte: Sistema Fiea
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