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Maceió/Al, 05 de junho de 2025

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02/06/2025 às 11:49

Boa informação é principal ferramenta para enfrentar os desafios na campanha da doação de sangue

Profissionais da rede Ebserh lembram que doação deve ser contínua Profissionais da rede Ebserh lembram que doação deve ser contínua

A falta de informação, a existência de mitos espalhados na sociedade e o medo de doenças. Esses são os principais entraves para enfrentar um desafio constante na área de saúde: a necessidade de doação de sangue, segundo profissionais de hospitais universitários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Por isso, este mês é o Junho Vermelho, dedicado a reforçar a importância de manter os estoques e de criar uma cultura de solidariedade e responsabilidade social.

“Eu gostaria que as pessoas soubessem que o sangue não pode ser fabricado em laboratório ou ser vendido em farmácia. Isso significa que, sem doadores, não há como salvar pacientes que precisam de transfusões”, explicou a enfermeira da Unidade de Hematologia e Hemoterapia e vice-coordenadora do Grupo de Trabalho de Captação de Doadores do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA-Ufal/Ebserh), Ingryd Leylane de Holanda Galvão. Ela destacou a importância das campanhas para divulgar informação de qualidade sobre o tema e sensibilizar potenciais doadores.

A hematologista e chefe da Unidade de Hematologia e Hemoterapia do HUPAA-Ufal, Luciana de Andrade Pereira, reforça a importância da campanha, lembrando que até mesmo pessoas que não podem doar – por problemas de saúde, idade ou baixo peso – têm como contribuir, estimulando novos doadores. “Não há substituto para o sangue, por isso é preciso incentivar a doação regular”, afirmou.

A doação deve ser contínua

A biomédica e supervisora da Agência Transfusional do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS/Ebserh), Mariana Rodrigues Alves, acrescentou que o sangue tem prazo de validade, o que aumenta a necessidade de doação contínua. “Um concentrado de plaquetas, por exemplo, tem validade de cinco dias. Outro ponto é que cada tipo sanguíneo tem uma demanda diferente e, além disso, para o paciente que precisa de uma transfusão, o sangue só existe se alguém decidir doar”, detalhou.

Segundo ela, por todo esse quadro, a campanha do Junho Vermelho ganha importância. “A transfusão de sangue é essencial em diversas situações, como cirurgias, acidentes, tratamentos de doenças crônicas. Campanhas concentradas ajudam a reforçar esse tema na sociedade e lembram que a doação deve ser um ato contínuo”, afirmou.

Hematologista aponta mitos

A hematologista Laise Viana Alves, responsável pela Agência Transfusional do Hospital Universitário da Universidade Federal do Amapá (HU-Unifap/Ebserh), afirmou que, embora a doação seja simples e segura, ainda existem muitos mitos que fomentam o medo. “Muitas pessoas têm medo do processo da doação ou de adoecer se não conseguir continuar doando, por exemplo. Existe muita falsa informação que permeia o processo de doação e dificulta a sensibilização dos doadores”, explicou.

Segundo ela, além da campanha nacional do Junho Vermelho, o HU-Unifap promove diariamente o estímulo à doação durante as atividades essenciais. “Estamos preparando um mês voltado para a sensibilização dos doadores em potencial e fidelização dos doadores já existentes, tanto funcionários do HU quanto familiares e acompanhantes dos pacientes”, disse.

Campanha e homenagem ao doador

A responsável técnica pela Agência Transfusional do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, da Universidade Federal do Espírito Santo (Hucam-Ufes/Ebserh), Sibia Soraya Marcondes, disse que a campanha do Junho Vermelho tem como objetivo promover a informação e a conscientização. Além disso, a campanha visa reconhecer e agradecer aos doadores voluntários e não remunerados. Vale lembrar que o dia 14 de junho é o Dia Mundial do Doador.

“O sangue é insubstituível e essencial para tratamentos médicos, emergências, cirurgias e cuidados com pacientes com doenças crônicas”, afirmou a médica. Ela faz questão de deixar seu agradecimento a todos que se envolvem na doação de sangue, tanto no ato de doar quanto no incentivo à doação. Colaboradores dos hospitais e pacientes também manifestam sua gratidão.

Um exemplo é o psicólogo Samuel Fagundes Brito Cesarino, 28 anos, que faz tratamento no Serviço de Hematologia do Hucam. Ele já recebeu 10 transfusões e, no último dia 27, estava recebendo mais duas bolsas. “Eu quero agradecer a todos que se empenham pelo incentivo à doação, porque é muito importante para quem recebe e para a sociedade de um modo geral”, declarou.

Requisitos para Doação de Sangue

- Idade: 16 a 69 anos (menores de 18 anos com autorização; primeira doação até 60 anos).

- Peso: Acima de 50 quilos.

- Saúde: Estar saudável, sem sintomas de gripe, febre ou infecções.

- Alimentação: Não doar em jejum; evitar alimentos gordurosos nas 4 horas antes da doação.

- Intervalo entre doações: homens - a cada 2 meses (máximo de 4 vezes por ano) e mulheres - a cada 3 meses (máximo de 3 vezes por ano).

- Triagem: Realização de triagem antes da doação para garantir segurança.

- Exames: Testes para doenças transmissíveis, como HIV, hepatites B e C, sífilis, entre outras.

Sobre a Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.


Fonte: Assessoria 

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