Saúde homenageia mulheres que se destacam na Luta Antimanicomial

Ação aconteceu no pátio da SMS.Ascom SMS

Ana Cecília da Silva

A manhã desta quinta-feira (5) foi marcada por diversas homenagens às mulheres que são destaque na Luta Antimanicomial em Maceió. A atividade, que reuniu profissionais e usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), no pátio da Secretaria Municipal de Saúde(SMS) (Centro), fez a entrega simbólica de troféus a dez mulheres que fazem parte do serviço, seja como usuárias ou profissionais, e que foram eleitas como símbolo da luta pelo cuidado em liberdade. O momento contou com a apresentação do coro Saúde em Canto, composto por servidores da Saúde.

Uma das homenageadas foi Juraci Silva, usuária do Caps Sadi de Carvalho, na Chã do Bebedouro. “Quando eu cheguei no Caps, eu não me reconhecia, nem reconhecia minha família, mas lá fui tratada como gente, me enxergam de verdade, por isso, eu peço e defendo o Caps e não o manicômio. Lá eu fui ajudada e pude fazer da minha doença um motivo para lutar. Hoje sou uma desenhista, atriz e militante no Fórum de Saúde Mental”, revela.

Já Roseane Farias, coordenadora técnica de Atenção Psicossocial da SMS, essa homenagem representa o reconhecimento à luta pela política mental na capital. “Todas elas contribuíram tanto na militância profissional quanto nos movimentos sociais e hoje estamos agradecendo a essas mulheres através do legado de Nise da Silveira, nossa conterrânea, mulher, psiquiatra e que transformou o processo de cuidado em saúde mental”, afirma.

Este ano, a campanha da Luta Antimanicomial traz como tema “Mania de Liberdade - 120 anos de Nise da Silveira” e tem o objetivo de celebrar o movimento que busca superar o modelo de cuidado em saúde mental baseado em internações prolongadas, em locais asilares, como os antigos manicômios e promover um cuidado mais humanizado e baseado na comunidade.

Outra homenageada foi Karla Rocha, gerente do Caps Sadi Carvalho e que atua há 21 anos no serviço de saúde mental em Maceió. “Fico muito feliz de estar participando desse momento, como assistente social, como pessoa que se identifica com a causa, que atua no serviço e que luta pelo cuidado em liberdade, que é o tipo de cuidado que queremos e acreditamos”, finaliza.

Ascom SMS