Consultor alerta: uso de Inteligência Artificial exige estratégia e base legal

A inteligência artificial já é uma realidade no mundo dos negócios e do direito, mas a sua adoção entre pequenos empreendedores ainda avança lentamente. Segundo a pesquisa TIC Empresas 2024, divulgada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) e pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto (NIC.br), apenas 10% dos pequenos negócios no Brasil conseguiram implantar este tipo de tecnologia.

Para o consultor de negócios Robson Costa, a explicação para essa baixa adesão passa por uma questão estratégica e jurídica. “Antes de investir em qualquer ferramenta, é fundamental entender quais tecnologias fazem sentido para o negócio e avaliar os riscos envolvidos. Isso exige planejamento e segurança jurídica”, ressalta.

Robson defende que a inteligência artificial pode — e deve — atuar como parceira estratégica de empreendedores, gestores e profissionais do direito, fornecendo soluções práticas, ágeis e inteligentes para os desafios do cotidiano empresarial. “Na área jurídica, por exemplo, a automação de processos com uso de IA permite executar tarefas repetitivas, como organização de petições, controle de prazos e análise documental, com maior rapidez e menor margem de erro”, afirma.

A percepção do consultor é corroborada por outra pesquisa recente, divulgada em fevereiro de 2025 pela OAB-SP, em parceria com Jusbrasil, Trybe e o Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS Rio), que revela que 55,1% dos advogados no Brasil já utilizam ferramentas de IA jurídica em suas rotinas profissionais. Para Robson, esse é um sinal claro de evolução: “A tecnologia amplia o acesso à justiça e libera tempo para que advogados e juristas se concentrem em decisões estratégicas e análises mais complexas”.

Segundo ele, a presença da IA no direito deixou de ser tendência para se tornar um diferencial competitivo. “Ela apoia decisões jurídicas mais alinhadas a princípios éticos, à proteção de dados e ao respeito à cidadania. É tecnologia a serviço do ser humano, e não o contrário”, explica. 

Assessoria