Palestra sobre combate ao trabalho infantil reúne 150 estudantes no TJAL

Cerca de 1,6 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalham no Brasil. Carolina Amancio (Ascom/Esmal)

Cerca de 150 jovens entre 14 e 18 anos participaram, nesta quinta-feira (12), de uma palestra sobre prevenção e combate ao trabalho infantil, promovida pelo Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE), no Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas. A atividade marcou o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil.

A palestra foi conduzida pela juíza Paula Brito, titular da Comarca de Murici, que destacou a importância de alertar os jovens sobre os riscos e ilegalidades do trabalho infantil. “Apesar de ser uma prática proibida e extremamente prejudicial às pessoas jovens, ainda é muito comum no Brasil. Essa conversa serve para que eles entendam a gravidade desse tipo de conduta e saibam como denunciar e se desvincular de qualquer prática prejudicial”, afirmou a magistrada.

Paula Brito também ressaltou a importância da atuação do Judiciário no ambiente escolar. “Sou uma fã do PCJE desde o início. A aproximação com os estudantes contribui para a formação cidadã e reforça o respeito a instituições fundamentais como o Poder Judiciário”, completou.

Palestra foi realizada pelo PCJE, da Esmal. Foto: Carolina Amancio.

Entre os estudantes presentes, Maria Eduarda de Oliveira Santos, de 17 anos, aluna do 2º ano do Ensino Médio, compartilhou sua experiência com o trabalho doméstico. “A palestra me ajudou a entender melhor os meus direitos como adolescente. Quero estudar mais e, futuramente, conseguir uma vaga como jovem aprendiz”, relatou.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2023, divulgados pelo IBGE, cerca de 1,6 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos estavam em situação de trabalho infantil no Brasil.

Carolina Amancio- Ascom/Esmal