Isaac Neves
Representantes da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), da Polícia Civil e do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) participaram, nesta segunda-feira (14), de uma reunião na Casa da Mulher Alagoana, para discutir o mapeamento e o tratamento de dados sobre violência contra mulheres no estado.
O encontro integra as atividades do Observatório de Igualdade de Gênero, que deve lançar em agosto seu primeiro boletim informativo com informações do primeiro semestre de 2025.
Coordenadora da Casa da Mulher Alagoana, Paula Lopes destacou que a reunião teve como objetivo alinhar a troca de dados e promover o fortalecimento da rede de proteção às vítimas.
“O Observatório está seguindo uma linha nacional e é composto pela UFAL, pela Polícia Civil e pelo Centro de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM). Hoje, além de apresentar a Casa da Mulher, estamos discutindo os dados atualizados da violência contra mulheres para contribuir com a construção de políticas públicas”, explicou Paula.
A professora Andrea Pacheco, da Faculdade de Serviço Social da UFAL, é a coordenadora do Observatório. Ela explicou que os dados em análise servirão de base para relatórios periódicos e ações estratégicas.
“Estamos organizando o primeiro boletim, que será lançado no Agosto Lilás, com os dados do primeiro semestre. Também estamos estruturando eventos e aprofundando a coleta e análise das informações para compreender o cenário da violência em Alagoas”, detalhou.
A delegada Ana Luiza Nogueira, coordenadora das Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres, ressaltou a importância da análise técnica dos registros de violência como instrumento de gestão pública.
“Com o apoio da Secretaria de Segurança Pública, estamos levantando dados sobre tipos penais, perfis de vítimas e agressores, locais de ocorrência e períodos críticos. O objetivo é traçar um retrato fiel do enfrentamento à violência em Alagoas e subsidiar decisões e políticas públicas baseadas em evidências”, disse Ana Luiza.
A diretora da Faculdade de Direito da UFAL, professora Elaine Pimentel, destacou que o Observatório nasceu de um projeto de extensão universitária e ressaltou a proposta de consolidar os dados dispersos em diferentes instituições. “A ideia é integrar dados sobre violência de gênero, incluindo violência contra a população LGBT, e transformá-los em relatórios trimestrais. Por isso, viemos à Casa da Mulher também para identificar informações que possam somar a essa base e ampliar nosso diagnóstico”, explicou.
Fonte: Dicom TJAL
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