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Maceió/Al, 16 de julho de 2025

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15/07/2025 às 14:08

Estudo aponta os 3 maiores desafios para a economia circular no Brasil

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O Instituto Brasileiro de Economia Circular (Ibec) e a Exchange 4 Change Brasil (E4CB) lançaram o ‘Brazil State of Circularity’, documento que traz um raio-x do avanço e dos desafios da economia circular no país a partir da indústria e de políticas públicas. Segundo a análise, existem ainda três principais gargalos na transição para um novo modelo econômico: letramento, estratégia e mercado. Além disso, alguns setores precisam ser prioritários para essa transição acontecer - Metais e Minerais; Plástico; Têxtil; Eletroeletrônicos; e Energia.

O ‘Brazil State of Circularity’ é resultado de 10 anos de trajetória da Exchange 4 Change Brasil e consolida um extenso processo de análise e colaboração multissetorial. Foram mais de 25 encontros formais com representantes do setor público e privado, mais de 90 reuniões estratégicas, 4 grupos de trabalho ativos, envolvendo mais de 30 empresas, 10 setores econômicos e conexões com 12 países. Já o Ibec foi criado com a missão de ampliar o alcance da economia circular por meio de educação qualificada, alinhada às diretrizes globais; da interação com órgãos governamentais; e da construção de parcerias internacionais voltadas à realização de estudos, pesquisas e roadmaps.

O primeiro gargalo apontado no relatório é o letramento, que torna necessária uma mudança no mindset de negócios para engajar e educar todos os atores envolvidos. Além disso, existe a dificuldade de definir estratégias que extrapolem os limites de uma única empresa ou setor, e a transição exigirá o desenvolvimento de novas habilidades, competências e indicadores. O terceiro desafio está no próprio mercado: a adoção de novos valores e comportamentos por parte da sociedade é essencial para que produtos e serviços circulares sejam valorizados e demandados.

- Com frequência, somos procurados por stakeholders brasileiros que não sabem por onde começar a transição. Foi dessa demanda que surgiu o ‘Brazil State of Circularity’. Estamos com os olhos voltados para a COP30 e a economia circular é um elemento- chave no debate sobre descarbonização e o desenvolvimento das cidades, porque traz uma nova forma de desenvolver produtos e serviços em equilíbrio com o planeta. É um convite para empresas e governos revisarem seus compromissos de redução de emissões - declara a presidente do Ibec e diretora da E4CB, Beatriz Luz.

Diretrizes para avançar na transição circular


Com base nos gargalos identificados, o report destaca sete ações consideradas fundamentais para avançar com a circularidade no Brasil, a fim de criar uma agenda comum entre indústria, empresas, poder público e sociedade civil.

- Nenhum país, nenhuma empresa e nenhuma cidade fará a transição sozinha. Precisamos nos unir para definir uma economia global que funcione sob novas regras, valores e comportamentos - enfatiza Beatriz Luz.

Um ponto considerado fundamental é a inserção da economia circular nos currículos, da educação básica ao ensino superior. Além disso, também é essencial a criação de um modelo de financiamento circular, com mecanismos adequados à realidade brasileira, e o letramento das lideranças públicas e privadas, para facilitar a construção de uma agenda comum.

Entre as diretrizes, está ainda o fomento a redes de colaboração, a fim de estimular ecossistemas de trocas multissetoriais e internacionais. O design circular é tido como prioridade para redesenhar produtos e garantir a reparabilidade dos mesmos, e o documento destaca que roadmaps regionais podem definir metas e prioridades para cada estado específico.

Por fim, o Brazil State of Circularity enfatiza que é preciso mobilizar e conscientizar a sociedade com campanhas de sensibilização, consolidando uma nova perspectiva de valor, baseada em experiências, produtos e serviços circulares.

Fonte: Assessoria

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