Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente é destaque no estande da Fiocruz, na 77ª Reunião Anual da SBPC

No estande da Fiocruz, na 77ª SBPC, ciência e educação se encontra em uma iniciativa que já mobilizou o Brasil. No espaço, o público pode conhecer de perto os detalhes da 13ª edição da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA), iniciativa coordenada pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (Vpeic). O projeto, que abre inscrições dia 05 de agosto, já mobilizou mais de meio milhão de estudantes em todo o país, e envolve 28,5 mil professores e 3,6 mil escolas de 3,2 mil municípios.

A OBSMA é uma das ações do Programa Mulheres e Meninas na Ciência, da Fiocruz, e incentiva alunos do ensino fundamental, médio, EJA e cursos técnicos a desenvolverem projetos sobre saúde, meio ambiente e cidadania. A proposta é fortalecer nos participantes o desejo de aprender, conhecer, pesquisar, investigar e estimular a realização de trabalhos que contribuam para a melhoria das condições ambientais e de saúde no país.

Em um cenário de desafios para a educação pública e para a valorização da ciência entre os jovens, a OBSMA se consolida como uma das maiores iniciativas de educação científica do Brasil. “A OBSMA é uma proposta nacional na qual a gente aposta no protagonismo dos professores para levar para a sala de aula a perspectiva de trabalhar projetos de saúde atrelados ao meio ambiente” , explica Zulma Medeiros, pesquisadora da Fiocruz e coordenadora da Regional Nordeste .

Na Olimpíada, os professores escreveram projetos que foram desenvolvidos pelos alunos em sala de aula tanto na área da ciência, quanto na produção de texto e audiovisual. "Não existem provas de seleção. Nós avaliamos a relevância e o impacto do trabalho produzido pelo aluno junto com o professor dentro da comunidade escolar e, às vezes, até dentro do município" , destaca a coordenadora executiva da Olimpíada, Inês Sodré.

Dentro das ações que fazem parte e ajudam a divulgar a OBSMA país estão as Oficinas Pedagógicas, realizadas com o apoio do CNPq. Elas funcionam como uma ponte de diálogo entre a Fiocruz, professores e escolas. “Nós levamos as Oficinas às escolas públicas do interior do Brasil a partir da solicitação dos professores, com o apoio das secretarias municipais de Educação” , conta Inês Sodré .

Os encontros são pensados para construir novas metodologias e abordagens pedagógicas que privilegiam a transversalidade e o diálogo entre a educação e os temas saúde e meio ambiente, de acordo com a realidade de cada cidade. "Geralmente, a gente leva um pesquisador ou uma pesquisadora da Fiocruz ou de instituições parceiras para falar de determinados temas. Se a gente for, por exemplo, para o Norte, onde sabemos que há muitos casos de malária, procuramos algum especialista nosso para abordar o assunto. Então, os trabalhos, normalmente, abordam as necessidades de cada região do país ", pontua Leonan Azevedo, bolsista da cooperação das Olimpíadas .

Cartilhas e formação

A OBSMA também trabalha com publicações que oferecem aos professores e educadores o acesso a fontes e materiais sobre Saúde e Meio Ambiente para utilização em suas práticas pedagógicas, no dia a dia da escola, além dos Cadernos de Resultados de diversas edições da Olimpíada. O e-book Triathlon da Sustentabilidade, por exemplo, é o resultado de uma das propostas apresentadas e discutidas durante o processo de formação de doutorandos da instituição, promovido pela Obsma no segundo semestre de 2020. A publicação é organizada por Cristina Araripe, Carlos Saldanha e pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (Vpeic); Amanda Séllos, doutoranda no Programa de Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC).

Já o cordel digital A crise ecológica na modernidade capitalista , de Carlos Saldanha, utiliza uma linguagem acessível para facilitar o acesso de um número maior de pessoas às informações fáceis para enfrentar as diversas crises interconectadas (econômica, política, social, de saúde e de valores), resultantes do capitalismo neoliberal

A programação desta edição da SBPC também contém a realização de um minicurso, que foi iniciado nesta terça-feira (15) e segue até sexta (18). Com o tema “Saúde e meio ambiente nas escolas – OBSMA e agenda 2030 ”, o minicurso está sendo ministrado pela coordenadora nacional da OBSMA, Cristina Arararipe, pelo pesquisador do Laboratório de Informação Científica e Tecnológica em Saúde do Icict, Carlos Saldanha, e Zulma Medeiros. A atividade é focada em professores do ensino fundamental e médio, além de estudos de pós-graduação.

Outra maneira que a Fiocruz trouxe para a SBPC para entrar no clima da OBSMA é o Quizz das ODSS. A atividade consiste no giro de uma roleta que leva o participante a identificar e aprender um pouco mais sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). A ideia é que os professores que irão participar das Olimpíadas se apropriem desses objetivos para trabalhar em sala de aula de forma direta ou transversalmente com seus alunos. Outros dois jogos disponíveis estão: Quem sou da Saúde? e Biomas em Ação, que visam despertar nos alunos a curiosidade para o desenvolvimento de projetos dentro do tema de saúde e meio ambiente.

A participação institucional da Fiocruz na SBPC é organizada pela Vpeic.

Fonte: Assessoria