Cícero Rogério
A Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), inicia 2017 com a ampliação dos serviços prestados para as pessoas com deficiência. Os usuários, suas respectivas famílias e os cuidadores terão um atendimento sistemático e de qualidade em mais duas unidades, a Residência Inclusiva e o Centro Dia de Referência: viver com autonomia.
Os dois serviços são fruto de dois convênios realizados, por meio da abertura, seleção e classificação da Organização Não-Governamental Pestalozzi, no edital público divulgado pela Semas para selecionar a instituição que pudesse oferecer os serviços de qualidade para os usuários.
Fachada da Residência Inclusiva no bairro Ouro Preto
O convênio totaliza a quantia de R$ 125 mil, sendo repassados mensalmente a quantia de R$ 100 mil para o Centro Dia e R$ 25 mil para a Residência Inclusiva. Os dois serviços são co-financiados pelo Governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, o Governo de Alagoas e a Prefeitura de Maceió, via Semas. Os convênios têm validade de 12 meses e podem ser prorrogados por períodos iguais e sucessivos, limitados em 60 meses.
Solenidade de Lançamento da Residência Inclusiva
Residência Inclusiva
A Residência Inclusiva funciona na Rua São Francisco, número 531, no bairro Ouro Preto. A casa tem capacidade para acolher até 10 pessoas que tenham algum tipo de deficiência física, mental ou intelectual e que tiveram os vínculos familiares rompidos, mas que precisam de um local para morar e ainda receber os cuidados terapêuticos e socioassistenciais.
Joice Carla e cuidadora na sala de atendimento pedagógico
A casa possui três quartos, sendo um para os cuidadores e os outros dois para os usuários. Há ainda as salas de estar, jantar, cozinha e cinco banheiros adaptados. Há um local para desenvolver atividades pedagógicas, área de serviço e uma sala para a coordenação e equipe técnica, formada por profissionais das áreas de psicologia, serviço social, nutrição, enfermagem, terapia ocupacional, serviços gerais e auxiliar de cozinha. Os usuários vão contar com o trabalho de quatro cuidadores, sendo três já no exercício das atividades que já acompanham a jovem de 18 anos, Joice Carla.
“Os cuidadores têm a função de realizar o acompanhamento dos usuários na hora do banho, na observação das atividades e no desenvolvimento dos residentes, além de acompanhar os tratamentos externos de saúde”, revela a cuidadora Cynthia Nobre.
A secretária de Assistência Social de Maceió, Celiany Rocha, participou do lançamento da Residência Inclusiva, que aconteceu no dia 31 de janeiro, data em que a Pestalozzi celebrou 40 anos de existência.
Secretária de Assistência Social de Maceió, Celiany Rocha, durante lançamento da Residência Inclusiva
“Fico muito feliz em Maceió ter um local pioneiro para que as pessoas com deficiência de 18 a 59 anos possam residir e ter acesso às terapias que vão possibilitar a esses usuários terem uma vida autônoma. A Pestalozzi foi a instituição que obedeceu a todos os requisitos do edital e por isso foi a vencedora da concorrência pública. Aqui não só os usuários vão usufruir dos serviços, mas também seus familiares”, explicou a gestora.
Outras autoridades participaram da solenidade de lançamento da Residência Inclusiva. A juíza da 28ª Vara da Infância e Juventude de Maceió, Fátima Pirauá, destacou o trabalho de parceria entre os órgãos públicos do Poder Executivo e da Justiça com organizações não-governamentais para que as políticas de assistência social, saúde e educação sejam implementadas na melhoria de vida e cidadania de crianças e adolescentes.
Secretária Celiany Rocha, juíza Fátima Pirauá e a diretora de Proteção Social Especial, Ariella Soares
A presidente da Pestalozzi, Tereza Amaral, disse que realizou visitas a outras instituições de São Paulo e Rio Grande do Sul para trazer para Maceió o melhor modelo de residência inclusiva.
A vereadora de Maceió, Tereza Nelma, contou que teve um sonho realizado ao propiciar cidadania para as pessoas com deficiência em 34 anos de militância à frente da Pestalozzi. Ela também agradeceu a doação do terreno e da casa feita pela advogada Sônia Mendonça, que durante o lançamento da Residência Inclusiva foi homenageada.
Secretária Celiany Rocha conhece cômodos da Residência Inclusiva
Antes do lançamento, a coordenadora da Residência Inclusiva, Neusa Scortegagna, mostrou todos os cômodos da casa para Celiany Rocha e Fátima Pirauá. Todos os participantes que estavam na solenidade, como os conselheiros tutelares presentes, também conheceram o funcionamento da casa.
Fachada do Centro Dia que funciona no bairro Farol. Foto: Cícero Rogério
Centro Dia
O Centro Dia de Referência: viver com autonomia fica na Rua Comendador Firmo Lopes, número 223, bairro Farol. O local, que é outra unidade que vai contribuir para a conquista da autonomia das pessoas com deficiência, tem capacidade para atender 60 usuários, sendo 30 no período da manhã e mais 30 à tarde.
“É muito importante que os equipamentos sociais como os Centros de Referência Especializado da Assistência Social e os Centros de Referência de Assistência Social possam encaminhar para cá as pessoas com deficiência, já que os Creas e os Cras estão inseridos nas comunidades e desenvolvem ações que estão mais próximas das pessoas que possam ser encaminhadas para cá”, destaca a coordenadora administrativa do Centro Dia, Íris Lanne Oliveira da Silva Moura.
Sala de música e dança do Centro Dia
A unidade oferece atendimento em terapia ocupacional, psicologia, oficina terapêutica, atividades de vida diária, arteterapia, musicoterapia, assistência social, capoeira inclusiva e outras atividades que possam desenvolver a autonomia dos usuários e das famílias das pessoas com deficiência.
Íris explicou que todo o trabalho realizado no Centro Dia tem a importância de ajudar nas relações entre os cuidadores, familiares e o fortalecimento de vínculos da família e da comunidade com os serviços.
Área destinada para atividades de lazer e recreativas do Centro Dia
“A principal função social do Centro Dia é proporcionar para as famílias e aos nossos usuários o desenvolvimento da autonomia para ter independência coletiva e individual, melhorar a auto-estima e desenvolver a consciência de que as pessoas com deficiência são sujeitos de direitos”, revela a coordenadora.
Fátima Oliveira é a mãe de Júnior, de 27 anos. O jovem participa das atividades que são desenvolvidas na unidade. A família e os profissionais acreditam que todo o trabalho desenvolvido vai estimular o desenvolvimento social do usuário que pode se tornar no futuro um sujeito autônomo.
Fonte: Ascom Semas
(82) 996302401 (Redação) - Comercial: [email protected]
© 2025 Portal AL1 - Todos os direitos reservados.