Os dois anos de existência do Clube do Livro da Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal) foram comemorados, na última segunda-feira (13), com o retorno das reuniões presenciais. Respeitando as normas sanitárias para esse momento da pandemia da Covid-19, os participantes discutiram a obra Ciranda de Pedra, de Lygia Fagundes Telles.
O juiz e integrante do clube, Phillippe Alcântara, parabenizou a organização do grupo pela diversidade de autores e obras que são selecionados para os trabalhos. Ele explicou que essas atividades proporcionam uma melhor prestação de serviços, já que trazem maior compreensão sobre os problemas que estão sendo julgados e sobre as relações humanas.
“Essa troca de experiências é extremamente relevante para todos nos colocarmos como integrantes dessa instituição, da equipe de trabalho, independentemente do cargo que cada um exerça e externar para o outro, ouvir o que outro pensa, a forma que ele interpreta determinadas situações. As discussões são sempre sobre fatos relevantes da vida, seja pelos aspectos jurídicos diretamente relacionados, como muitas vezes acontece, seja pelos aspectos de relações pessoais, sobre a história, comportamentos, tudo isso reflete no enriquecimento e aprimoramento pessoal”, comentou.
O magistrado também garantiu que o cuidado da curadoria em escolher obras menos extensas, de leitura mais rápida, garante a qualidade das discussões sem tomar muito tempo dos participantes que já têm seus compromissos profissionais e pessoais.
De acordo com Mirian Alves, diretora da Biblioteca Geral do Poder Judiciário, os ciclos duram seis meses e a cada mês é lida uma obra diferente. Os encontros são realizados na primeira segunda-feira do mês subsequente para compartilhar as percepções sobre a leitura e debater os diversos aspectos da obra estudada. Ela garante que o espaço gera muita identificação e pertencimento aos integrantes, que se sentem à vontade para se expressarem porque sabem que vão ser ouvidos com afeto e sem julgamentos.
“Tem sido uma experiência muito transformadora para cada participante e também coletivamente, para o grupo. Individualmente o hábito da leitura tem se fortalecido e se consolidado na rotina de cada um. As leituras que realizamos no clube e as discussões em grupo acabam suscitando mais indicações e interesses de leitura, ampliando o repertório e contribuindo para o amadurecimento de cada leitor. Coletivamente o grupo é, cada vez mais, um espaço de troca e compartilhamento, para além das reuniões mensais”, revelou.
A servidora Andréa Santa Rosa participa do Clube do Livro desde o início e contou que durante o período do isolamento social, as reuniões virtuais funcionaram como um ponto de apoio para passar pelo período de incertezas, sendo uma maneira de ver e conversar com outras pessoas mesmo estando dentro de casa. Animada com o retorno presencial, Andréa acrescentou que esse contato torna as experiências mais intensas.
Dicom TJAL
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