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Maceió/Al, 05 de junho de 2025

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03/06/2025 às 13:03

Judiciário ouve quilombolas e reforça compromisso com os Direitos Humanos

Representantes do Judiciário dialogaram com comunidades quilombolas na Serra da Barriga.  Carolina Amancio Representantes do Judiciário dialogaram com comunidades quilombolas na Serra da Barriga. Carolina Amancio

A tarde desta segunda-feira (2) foi dedicada ao diálogo com comunidades quilombolas, durante o I Encontro Nacional de Órgãos e Assessorias de Direitos Humanos do Judiciário Brasileiro.

A programação ocorreu na Serra da Barriga, em União dos Palmares, e reuniu membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tribunais e movimentos sociais.

Pela manhã, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, visitou o Parque Memorial Quilombo dos Palmares e destacou a importância simbólica do local.

Escuta qualificada

A juíza auxiliar da presidência do CNJ, Karen Luise Sousa, afirmou que a iniciativa fortalece a conexão do Judiciário com a sociedade. “Nós ouvimos, colhemos sugestões e distribuímos as demandas conforme as competências de cada órgão”, explicou.

Ela destacou que o Judiciário precisa conhecer as realidades locais para promover ações efetivas. “Se a gente não conhece a realidade, não compreende as necessidades do grupo social envolvido”, disse.

“Cada um sai daqui com a tarefa de pensar ações concretas que possam transformar a vida desses sujeitos”, completou.

Visibilidade

Nívia Queiroz, do Quilombo Carrasco, em Arapiraca, ressaltou o impacto da iniciativa para as comunidades. “Projetos assim nos permitem falar das nossas questões e ter visibilidade”, avaliou.

Segundo ela, muitos desafios se repetem entre os territórios, e encontros como este ajudam a unir vozes. “Se não há um evento como esse, não tem como ter voz, nem como reivindicar”, afirmou.

“Isso mostra que temos vez e voz e que devemos ocupar esse lugar e falar”, completou.

Serra da Barriga como cenário simbólico

O coordenador de Direitos Humanos do TJAL, Pedro Montenegro, destacou a importância de o evento acontecer no local símbolo da resistência negra.

“A presença das comunidades, dos verdadeiros donos do Brasil, permite uma escuta atenta e acolhedora”, declarou.

Ele reforçou que o encontro permitiu reflexões profundas e resultados duradouros. “Acho que não seremos os mesmos depois desse encontro”, pontuou.

“Já projetamos novos passos para seguir ouvindo e atuando junto com essas populações”, concluiu.

Presenças e encaminhamentos

Participaram do encontro o desembargador Tutmés Airan, presidente da CDH do TJAL, a presidente da Coordenação Quilombola Feminina de Alagoas, Genilda Maria da Silva, e o coordenador estadual da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), Manoel Oliveira dos Santos.

Também estiveram presentes o coordenador executivo da Conaq, Biko Rodrigues, e a representante da Rede Nacional de Religiões Afro Brasileiras ( Renafro), Mirian Cristiane Alves.

A programação da tarde foi encerrada com uma reunião do Observatório de Direitos Humanos sobre a formação de uma rede judiciária nacional de proteção aos Direitos Humanos.

Carolina Amancio - TJAL

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