OPINIÃO E INFORMAÇÃO Facebook Twitter
Maceió/Al, 22 de junho de 2025

Notícias

26/02/2024 às 11:37

Você compraria uma empresa falida? Isso está acontecendo no mercado de ações!

No mundo dos investimentos em ações, a busca por oportunidades espetaculares muitas vezes leva os investidores a decisões arriscadas, e um dos erros mais comuns é a aquisição de ações de empresas em dificuldades financeiras.

“Não são poucos os exemplos de empresas que não apresentavam resultados interessantes, davam sinais de problemas, e mesmo assim os investidores iam e compravam ação. Agora, faça uma analogia com o mundo real. Você vai abrir uma empresa, você montaria essa em um local que está condenado, com um produto que ninguém mais consome, como uma locadora de filmes? Tenho certeza que a maioria das pessoas responderia que não. Assim se vê a discrepância entre o comportamento dos investidores no mercado de ações e suas decisões na vida cotidiana”, explica Robinson Trovó, gestor de investimentos com certificações CNPI-T, CFG e CGA.

Ao comparar a decisão de investir em ações com a escolha de comprar uma casa ou abrir um negócio próprio, Trovó destaca o rigor e a pesquisa envolvidos na segunda opção. A análise minuciosa de localização, concorrência e viabilidade financeira é crucial, e as pessoas tendem a escolher empreendimentos lucrativos. No entanto, quando se trata da bolsa de valores, essa lógica parece se inverter.

“Muitas vezes parece que há uma espécie de hipnose que leva os investidores a agirem de forma oposta ao senso comum. Enquanto na vida real as pessoas buscam oportunidades sólidas, na bolsa, muitas vezes, investem em empresas em declínio, ignorando aquilo que deveria ser o foco: tornar-se sócio de empresas lucrativas”, alerta o gestor de investimentos.

Assim é impressionante a quantidade de investidores que optam por empresas em dificuldades em comparação com aquelas que geram lucro. A disparidade é notável, com quase o quádruplo de investidores em empresas quebradas em relação às lucrativas. Ele destaca a contradição, pois, na prática, essa escolha não se reflete nas decisões de empreendimento pessoal.

O gestor cita a situação da empresa de telefonia Oi como um exemplo claro dessa tendência. Muitos investidores, seduzidos pelos preços aparentemente atrativos, ignoraram os sinais claros de problemas financeiros contínuos. Com a crise agravando-se, os investidores enfrentaram perdas significativas.

A ilusão da recuperação


Trovó também destaca casos em que investidores continuam apostando em empresas que acumulam prejuízos expressivos, na esperança de uma reviravolta. Ele argumenta que essa crença é muitas vezes infundada, pois, para a cotação subir, a empresa deve, antes de tudo, ser lucrativa, o que é improvável quando está afundada em dívidas.

O gestor reforça a importância de focar em empresas saudáveis e lucrativas para aumentar o patrimônio. Em vez de investir em empresas problemáticas, a chave para o sucesso nos investimentos está em ser sócio de empresas que têm uma maior probabilidade de gerar lucro a longo prazo.

Fonte: Assessoria 

Comentários

Coqueiro Seco
Siga o AL1 nas redes sociais Facebook Twitter

(82) 996302401 (Redação) - Comercial: [email protected]

© 2025 Portal AL1 - Todos os direitos reservados.