Polícia já tem pista dos assassinos de Neguinho Boiadeiro. Quinta sangrenta deixou três feridos e a vingança já começou

Neguinho Boiadeiro foi executado dentro do veíuculo após deixar a sessão na Câmara

AL1

A Secretaria de Segurança Pública de Alagoas já tem indícios de quem são os dois homens, vistos por testemunhas, como os assassinos de Adelmo Rodrigues de Melo, o Neguinho Boiadeiro, de 61 anos, executado nesta quinta-feira, quando deixava a sessão na Câmara de Vereadores.

O secretário-adjunto de SSP, Acássio Júnior, confirmou que a polícia tem informações da presença da dupla criminosa na cidade de Batalha desde ontem, quando atuaram panfletando próximo à sede da Câmara. 

O crime
Neguinho Boiadeiro foi alvejado com tiros de pistola 9 milímetros e conseguiu entrar no carro, uma Pajero Full. O motorista de Neguinho, o policial civil Joaquim Pirauá, de 54 anos, tentou fugir do local, mas também foi baleado no tórax e ombro e perdeu o controle da direção do veiculo. Os projéteis também acertam um homem, identificado como José Elson. Ele e Pirauá foram levados para a Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca. Neguinho Boiadeiro morreu dentro do veículo.

Mais tiros 

Ao saber da morte do pai, os irmãos Pretinho Boiadeiro e Baixinho Boiadeiro foram até a casa de José Emílio Dantas (foto), de 48 anos, que é filho do ex-prefeito de Batalha, José Rodrigues Dantas, o Zé Miguel, e efetuaram vários tiros. Emílio foi atingido no ombro direito e socorrido pelo helicóptero do Samu até o HGE, em Maceió. 

O delegado Cícero Lima, diretor da Área do Alto Sertão, responsável pelas investigações do assassinato, ouviu testemunhas que confirmaram a participação dos irmãos Boiadeiro na tentativa de homicídio de José Emílio Dantas.

O pai dele, José Miguel, foi assassinado em 1999, ao lado da esposa, Matilde Toscano de Souza. À época a família Dantas atribuiu o crime a Laércio Boiadeiro, irmão de Neguinho Boiadeiro.

Linha de investigação
Quanto à motivação e acusação da família de Neguinho Boiadeiro, de que o crime foi patrocinado pela família do deputado Luiz Dantas, presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, o secretário-adjunto diz que ainda não há linha de investigação, mas o depoimento dos familiares da vítima certamente serão levados em consideração. “Entendemos a posição da família da vítima de acusar a família Dantas, porque eles têm um problema antigo, aqui no município, mas nosso objetivo é elucidar o crime o mais breve possível. Vamos aguardar o andamento das investigações e o laudo da perícia continua”, justificou Acássio.

Carro de neguinho Boiadeiro crivado de balas