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Maceió/Al, 15 de novembro de 2024

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14/11/2024 às 23:42

PIB de Alagoas avança 3,2% e atinge R$ 76,07 bilhões em 2022

IBGE divulga dados que confirmam que o estado registrou o maior desempenho da história no setor da indústria IBGE divulga dados que confirmam que o estado registrou o maior desempenho da história no setor da indústria

Carlos Nealdo e Severino Carvalho

O Produto Interno Bruto (PIB) de Alagoas registrou crescimento de 3,2% e atingiu R$ 76,07 bilhões em 2022, o primeiro ano do governo Paulo Dantas. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (14) pelo IBGE e apresentados pelo governador durante coletiva de imprensa, ao lado de secretários de Estado e de representantes do setor produtivo alagoano.

O desempenho do estado – que superou a média nacional de 3% – foi influenciado pela indústria, que registrou valor corrente de R$ 8,32 bilhões, um crescimento de 9,9%, o maior do Nordeste e de toda a série histórica do IBGE. O PIB (a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no estado) do setor industrial já havia registrado um avanço de 7,60% em 2021.

Paulo atribuiu o bom resultado do PIB alagoano à sinergia entre o poder público e a iniciativa privada, somada à segurança jurídica e institucional proporcionada pelo Governo do Estado.

“Tudo o que nós pactuamos, estamos cumprindo. O futuro nos reserva resultados ainda mais significativos. No primeiro semestre de 2024, já estamos apresentando um crescimento de mais de 6%, o que nos coloca liderando o crescimento econômico da região Nordeste, estando entre os cinco estados que mais crescem no Brasil. Se somarmos o crescimento de 2023 com o que se apresenta agora em 2024, vamos crescer mais de 10% no PIB, o que certamente vai nos possibilitar ser o Estado que mais investe com os próprios recursos”, destacou o governador.

INDÚSTRIA

Em 2022, o PIB da indústria alagoana superou o desempenho do Piauí, que aparece em segundo lugar na região, com crescimento de 8,6%, Rio Grande do Norte (7%), Paraíba (6,6%) e Bahia (6,2%). Além deles, Maranhão e Pernambuco tiveram desempenho de 1,4% e 1,2%, respectivamente. Já a indústria cearense teve desempenho negativo de 2,3%, enquanto Sergipe encolheu 3,3%.

Segundo o levantamento do IBGE, o PIB da indústria foi puxado pelo desempenho pelo subsetor de eletricidade e gás, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, que avançou 27,4%.

“Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo desempenho das atividades relacionadas à geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, que apresentaram crescimento em todos os segmentos: residencial, comercial, industrial e outros”, pontuou a superintendente de Informações e Cenários da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), Juliana Carla da Silva, que detalhou os números do PIB.

Já indústria extrativista registrou um crescimento de 21,89%, puxados pela expansão na extração de petróleo e gás natural feita pela Origem Energia, e extração de minerais não metálicos promovida pela mineradora Vale Verde.


Outro segmento da indústria que registrou crescimento foi a construção, com alta de 6,39% puxados pela expansão das atividades relacionadas à construção de edifícios e obras de infraestrutura, incluindo a construção e manutenção de rodovias que contribuíram para o aumento do número de pessoal ocupado.

Os presidentes da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), José Carlos Lyra; e da Associação Comercial de Maceió, Kennedy Calheiros, parabenizaram o Governo do Estado pelo bom desempenho do PIB alagoano.

Também apresentou desempenho positivo a indústria de transformação, com avanço de 5,87%, resultado do aumento no número de trabalhadores nas usinas de cana-de-açúcar, da instalação da Indústria e Comércio de Alimentos LTDA (Amafil) em Teotônio Vilela, e da fabricação de produtos de padaria e confeitaria, que tiveram incentivos fiscais do Governo de Alagoas.

No ano de 2022, a indústria alagoana teve crescimento impulsionado por incentivos fiscais, que resultou no aumento de postos de trabalho, expansão de obras e investimentos em infraestrutura. Esse cenário favoreceu a produção local e ampliou a demanda energética, consolidando o setor como um pilar do desenvolvimento socioeconômico no estado.

SERVIÇOS

O IBGE mostra ainda que o setor de serviços, que detém o maior peso participativo na estrutura de composição do PIB, movimentou R$ 48,47 bilhões, um crescimento de 5%, o segundo maior do Nordeste, atrás apenas da Paraíba, que cresceu 5,1%.

Esse desempenho foi influenciado pela contribuição dos principais subsetores: Administração, Educação, Saúde, Pesquisa e Desenvolvimento Públicos, Defesa e Seguridade Social (1,52%); Atividades imobiliárias (3,53%); Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (4,35%); Educação e saúde privadas (7,31%); Serviços domésticos (9,80%); Atividades Profissionais, Científicas, Técnicas, Administrativas e Serviços Complementares (15,97%); Artes, cultura, esporte, recreação e outras atividades de serviços (23,06%) e Alojamento e alimentação (24,56%).


De acordo com a Seplag, o crescimento no setor de serviços foi motivado por programas governamentais de incentivo à educação e saúde como o Programa Maratona de Cirurgias e Escola 10 - Vem Que Dá Tempo.

No comércio com recuperação gradual da economia e do aumento do consumo. As atividades imobiliárias com o aquecimento do mercado imobiliário nos últimos anos no estado. No turismo, Alagoas como um destino turístico atrativo vem impulsionando o segmento de alojamento e alimentação.

AGRO

Em 2022, a agropecuária movimentou R$ 11,55 bilhões, uma retração de 7,88% – o único resultado negativo entre os setores que compõem o PIB do estado. O resultado é consequência do excesso de chuvas que afetou as lavouras temporárias e permanentes e o cultivo da cana-de-açúcar, causando aumento de pragas. Houve ainda o custo alto com adubos e fertilizantes, que contribuiu para desestimular a produção.

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