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Maceió/Al, 10 de maio de 2025

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08/05/2025 às 14:50

Consuni aprova Comissão da Verdade para investigar violações na Ditadura

Sessão ordinária do Conselho Universitário, realziada na terça (6) Sessão ordinária do Conselho Universitário, realziada na terça (6)

Em mais um momento histórico, o Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) aprovou, por unanimidade, a criação da Comissão da Verdade, da Memória e da Justiça, instituída pela Resolução n° 04/2025/Consuni. A medida representa um marco na trajetória da instituição, ao assumir o compromisso público com a apuração de violações de direitos humanos ocorridas na instituição durante a Ditadura Militar, entre 31 de março de 1964 e 5 de outubro de 1988.

A comissão terá como missão central investigar, esclarecer e propor ações de reparação para casos de cassações, expulsões, aposentadorias compulsórias, perseguições políticas, torturas, prisões, mortes e desaparecimentos de estudantes e servidores da universidade. Também serão apurados a existência de estruturas de vigilância e o apoio institucional ao regime militar dentro da Ufal.

A presidência da comissão será exercida pela professora Emanuelle Gonçalves Brandão Rodrigues, do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (Ichca). “Certamente, precisaremos da colaboração de bolsistas e voluntários. Precisamos fazer um levantamento em documentos e realizar entrevistas, não só para registrar os acontecimentos, mas principalmente para propor ações de reparação”, destacou.Além da professora Emanuelle, compõem a comissão os professores e pesquisadores Luciana Farias Santana, do Instituto de Ciências Sociais (ICS); Reivan Marinho de Souza, da Faculdade de Serviço Social (FSSO); Danilo Luiz Marques, do Ichca e coordenador-geral do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi); Osvaldo Batista Acioly Maciel, do Ichca; a jornalista Lenilda Luna, da Assessoria de Comunicação (Ascom); e o discente Matheus Vasconcelos Maia, do Diretório Central dos Estudantes (DCE).

O reitor Josealdo Tonholo parabenizou a indicação dos integrantes. “Os membros foram escolhidos com base em sua competência, atuação com documentos históricos e reconhecido compromisso com a causa da justiça e da memória”, declarou.

Entre as primeiras ações planejadas, está a definição de uma data para a diplomação simbólica de estudantes vítimas da repressão: Gastone Beltrão, Dalmo Lins e Manoel Lisboa. Esses estudantes foram reintegrados à Ufal em sessão do Consuni realizada no último 1º de abril, com ampla participação da comunidade universitária, de familiares dos estudantes e de ativistas dos movimentos sociais.

Ascom Ufal

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