OPINIÃO E INFORMAÇÃO Facebook Twitter
Maceió/Al, 17 de maio de 2025

Notícias

15/05/2025 às 13:17

Pesquisa sobre o uso da palma forrageira na alimentação animal pode baratear ração e contribuição produção de leite e carne no Nordeste

Além de ajudar na segurança alimentar de bovinos em períodos de estiagem, a palma forrageira apresenta comprometimentos de contribuição para a melhoria da qualidade do leite e da carne dos animais. Além de ajudar na segurança alimentar de bovinos em períodos de estiagem, a palma forrageira apresenta comprometimentos de contribuição para a melhoria da qualidade do leite e da carne dos animais.

A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) aprovou nesta quarta-feira (14/05), em reunião da Diretoria Colegiada, um convênio com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) para executar o projeto “Palma Forrageira: In Natura ou Farelo – Mais Leite e Mais Carne com Mais Qualidade”. A iniciativa vai estudar, com base científica, os efeitos da substituição do milho e do farelo de trigo pela palma na alimentação de vacas, cabras e ovinos. O objetivo é aumentar a produtividade e reduzir os custos dos produtores que atuam principalmente na região do Semiárido.

O projeto, que receberá R$ 256 mil da Sudene, integra o programa InovaPalma, voltado ao uso da palma como insumo estratégico para a pecuária regional. Resistente à seca e com alto valor nutricional, a palma é considerada uma alternativa promissora para enfrentar os efeitos das estiagens prolongadas na produção de leite e carne.

A pesquisa será conduzida por equipes da UFRPE. Os estudos acontecem em unidades experimentais e vão avaliar os efeitos em três populações de animais: vacas em lactação, cabras leiteiras e ovinos de corte. Serão avaliados indicadores como produção e composição do leite, digestibilidade dos nutrientes, qualidade da carne e eficiência alimentar. Os testes devem começar em agosto de 2025.


Diretoria Colegiada da Sudene, em reunião que aprovou a execução do projeto de parceria com a UFRPE. Foto: Elvis Aleluia (Ascom/Sudene)

Do ponto de vista técnico, a expectativa é que a pesquisa aponte ganhos relevantes para a pecuária regional. Para o engenheiro agrônomo da Sudene, José Aildo, as características e os efeitos da palma podem transformar a alimentação animal no Semiárido. “Um dos aspectos mais inovadores deste estudo é avaliar até que ponto a palma melhorou a qualidade do leite e da carne. Já há promessas da presença de enzimas na planta que facilitam a digestão do leite, por exemplo. Soma-se a isso o fato de ser um alimento altamente eficiente para suprir as necessidades dos rebanhos em clima semiárido”, explicou.

A iniciativa reforça as diretrizes da Sudene para o desenvolvimento sustentável da Região, priorizando soluções de baixo custo e impacto positivo direto para o produtor. Além de fortalecer as cadeias produtivas tradicionais. Se os resultados forem positivos, a palma pode ganhar protagonismo nas estratégias de alimentação da pecuária regional.

A Sudene também enxerga na palma um ativo econômico com potencial global. Segundo o superintendente da Autarquia, Danilo Cabral, a planta pode se tornar uma commodity exportável. "Já sabemos da resiliência da palma no Semiárido. Existem regiões no exterior com clima semelhante, o que abre espaço para sua valorização internacional. A Sudene tem investido em pesquisa, ciência e inovação para agregar valor à palma, transformando-a não apenas em um insumo essencial para a sustentabilidade regional, mas também em um produto de mercado, com potencial econômico além das nossas fronteiras", afirmou.

Faça o download do audiorelease desta matéria, contendo sonoras com os entrevistados.

Ascom Sudene 

Comentários

Coqueiro Seco
Siga o AL1 nas redes sociais Facebook Twitter

(82) 996302401 (Redação) - Comercial: [email protected]

© 2025 Portal AL1 - Todos os direitos reservados.