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Maceió/Al, 18 de maio de 2025

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16/05/2025 às 19:09

Registre-se! viabiliza documentos para dependentes químicos e crianças acolhidas

Raul Emidio de Oliveira chegou à campanha sem documentos civis. - Niel Rodrigues Raul Emidio de Oliveira chegou à campanha sem documentos civis. - Niel Rodrigues

Oito abrigados da Associação Acolhedora para Dependentes Químicos Divino Pai Eterno, de Feira Grande, receberam a segunda via de registros civis, durante a campanha Registre-se!, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que ocorre até esta sexta-feira (16), no Ginásio Poliesportivo Jair Carvalho de Lira, das 8h às 17h.

Segundo o assistente social da Associação, Jaelson Souza, a regularização da documentação dos abrigados se constitui em um passo significativo para eles, que, muitas vezes, procuram o tratamento na instituição quando já estão em situação de rua.

“Essa campanha é de extrema importância, porque isso facilita muito a vida de muitas pessoas que não têm condições de pagar uma segunda vida de certidão, seja de nascimento ou de casamento. E essa ação aqui favorece todos. Não é só um documento, mas todos os documentos são emitidos gratuitamente. Então é de extrema importância para a população”, disse.

Raul Emidio de Oliveira é um dos atendidos por um centro de recuperação em Arapiraca e chegou à campanha sem documentos. “Eu era morador de rua, eu andava sujo, drogado, rasgando saco de lixo para poder comer. É uma mudança de vida, totalmente. Vim aqui tirar o documento, porque é uma oportunidade e era um dos meus sonhos tirar CPF, identidade e voltar para a sociedade, onde as pessoas querem mudança de vida”, comentou.

Crianças acolhidas

Quatro crianças do Abrigo Aqui Sou Feliz, que abrange dez municípios de Alagoas, também foram registradas durante a campanha. De acordo com a coordenadora da instituição, Luana Soares Silva, muitas crianças chegam sem documentação e a instituição tem dificuldade para realizar matrícula em creches ou escolas.

“São documentos muito importantes para essas crianças e eu creio que para toda a população. Como somos responsáveis por elas, a partir do momento que chegam no abrigo, nós, muitas vezes, enfrentamos dificuldades para ter essa documentação, que garante dignidade a elas”, disse, ao informar que até mesmo o Conselho Tutelar não conseguem documentos com os pais.

Para a juíza auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça (CGJAL), Laila Kerckhoff, uma das coordenadoras da campanha em Alagoas, um dos focos da campanha é garantir registros básicos aos mais vulneráveis.

“São registros que transformam as vidas desses grupos que estão em situação de vulnerabilidade social, porque garantem dignidade a essas pessoas, seja para a realização de uma consulta médica, seja para buscar uma oportunidade no mercado de trabalho”, ratificou a magistrada.

Niel Rodrigues - Ascom CGJ/AL

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