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Maceió/Al, 21 de maio de 2025

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19/05/2025 às 13:42

Expedição Encorte aponta que pecuária de corte movimenta mais de R$ 4,8 bilhões por ano em SE, AL e PE

Geta Filmes. Dados foram apresentados durante Workshop em Maceió (AL) Geta Filmes. Dados foram apresentados durante Workshop em Maceió (AL)

Um estudo inédito sobre a pecuária de corte na região da Sealba, em Sergipe e Alagoas, e no Sul de Pernambuco revelou dados surpreendentes sobre o setor. A Expedição Encorte percorreu 120 fazendas em 81 municípios e apontou que a entrega econômica na região ultrapassa R$ 4,8 bilhões por ano. O levantamento foi apresentado durante o Workshop Expedição Encorte 2025, novo formato do tradicional Encontro de Pecuária de Corte do Nordeste (Encorte), realizado pela alagoana Start Soluções no Agronegócio, em Maceió, com a presença de especialistas, profissionais e produtores de todo o país.

Os dados reforçam a relevância econômica e social da peculiaridade do corte na região. A amostra revelou um rebanho de 1,6 milhão de cabeças de gado, responsável por alimentar cerca de 6 milhões de pessoas por ano e envolve mais de 400 mil famílias, direta ou indiretamente.

A partir da coleta e análise dos números, foram identificadas gargalos e oportunidades em toda a cadeia produtiva, com destaque para a gestão das pastagens e a avaliação de resultados. "Quem não mede, não gerencia; quem não gerencia, não melhora. Para entender e aprimorar a pecuária, o primeiro passo é mensurar os indicadores, assim como um exame de sangue revela o estado de saúde de uma pessoa", destacou o líder da expedição, Marcelo Araújo, mestre em Ciência Veterinária e especialista em Gestão do Agronegócio.

Segundo o estudo, embora os produtores concentrem esforços no rebanho, o manejo das pastagens tem sido negligenciado — um dos principais entraves identificados. "O produtor está olhando muito para o gado e esquecendo de avaliar a pastagem e os próprios resultados. Anotar é um passo, mas é preciso analisar e analisar os dados para tomar decisões corretas", afirmou o especialista.

Apesar dos desafios, a Expedição Encorte revelou um alto potencial de ganho em produtividade. A loteação média das fazendas da região está desenvolvida em 0,93 unidade animal por hectare, a mesma loteação média do Brasil, segundo dados levantados pela ABIEC 2024. Embora aproximadamente 25% das fazendas com menor desempenho operam entre 0,73 e 0,79, algumas propriedades alcançam 1,32 UA/ha, o que representa uma possibilidade de até 67% de aumento de produtividade sem elevação dos custos fixos. "Esse ganho é exponencial. Ao aumentar a quantidade de animais por hectare, a produção cresce sem aumento dos custos fixos, o que torna a atividade mais lucrativa", avaliou Marcelo.

Expansão da Expedição

Para 2026, a equipe da Expedição EnCorte projeta ampliar o estudo para outros estados do Nordeste, como Bahia, Maranhão e Rio Grande do Norte, buscando uma amostragem ainda mais robusta e representativa da região.

“Nosso objetivo é, em algum momento, fechar todo o Nordeste, da Bahia ao Maranhão, com dados consistentes e atualizados”, afirma Marcelo Araújo. A expectativa é que a expansão proporcione um panorama ainda mais preciso da pecuária regional, contribuindo para políticas públicas, investimentos privados e decisões técnicas mais acertadas.

Sobre o Workshop Expedição Encorte

O Workshop Expedição Encorte foi realizado nos dias 16 e 17 de maio, no Centro de Convenções de Maceió (AL), com diversas palestras, feira de negócios e a presença de mais de 750 inscritos, entre especialistas, profissionais e produtores de todo o país.

O evento foi antecedido pela Expedição Encorte, iniciativa que percorreu 120 fazendas em Sergipe, Alagoas e Pernambuco, com o objetivo de compreender a realidade dos produtores e gerar dados que orientam o setor. Com base em informações inéditas, o levantamento reforça a imagem da pecuária nordestina como moderna, produtiva e em expansão.

A iniciativa contorno com cadastro aviso gratuito das propriedades e oferecida aos pecuaristas diagnósticos técnicos e empresariais, com o apoio de médicos-veterinários, zootecnistas e especialistas do setor.

Fonte: Assessoria 

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