Expansão de ferramentas da Defesa Civil Nacional fortalecem gestão de riscos e desastres no Brasil

ICM orienta a gestão local enquanto Defesa Civil Alerta reforça a proteção direta à população

O Brasil enfrenta um cenário cada vez mais desafiador diante das mudanças climáticas e da intensificação de eventos extremos, como enxurradas, inundações, deslizamentos, estiagens e seca. Nesse contexto, ferramentas como o Indicador de Capacidade Municipal (ICM) e o Defesa Civil Alerta (DCA) se consolidam como estratégias para fortalecer a gestão de riscos e desastres nos municípios e orientar políticas públicas mais eficientes.

Desenvolvido pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), o ICM está em sua segunda rodada de coleta de dados, ampliando a compreensão sobre a estrutura de gestão de riscos e desastres nas cidades brasileiras. A metodologia avalia aspectos como planejamento, articulação entre setores e a existência de políticas públicas preventivas, classificando cada município conforme a sua capacidade institucional.

“O ICM oferece um diagnóstico valioso aos gestores municipais, permitindo identificar pontos fortes e lacunas que precisam ser superadas para proteger melhor a população”, destaca Juliana Moretti, diretora do Departamento de Articulação e Gestão da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Mais do que um levantamento técnico, o ICM promove a cultura de prevenção e incentiva a tomada de decisões baseadas em evidências, orientando investimentos e ações coordenadas para reduzir os riscos e desastres.

Ecossistema de prevenção fortalecido

A política nacional de proteção e defesa civil é composta por diversas ações integradas, que vão desde o fortalecimento institucional — como o promovido pelo ICM — até a melhoria nos sistemas de alerta e resposta.

Um exemplo disso é o Defesa Civil Alerta (DCA), sistema que será lançado em breve no Nordeste como mais uma ferramenta de preparação para desastres. O DCA envia alertas gratuitos via mensagens de texto e avisos sonoros diretamente aos celulares em áreas de risco, mesmo que estejam em modo silencioso, utilizando a infraestrutura das redes 4G e 5G.

A tecnologia já foi implementada com sucesso nas regiões Sul e Sudeste, onde entrou em operação em dezembro de 2024 após uma série de testes e capacitações locais. Agora, sua chegada ao Nordeste reforça a ideia de que a proteção à população se dá por meio de múltiplas estratégias: desde o fortalecimento das capacidades institucionais dos municípios, com o apoio do ICM, até o fornecimento de alertas imediatos à população, como faz o DCA. “São ações complementares: enquanto o ICM orienta o planejamento e a gestão, o DCA garante que a informação chegue rapidamente a quem precisa agir para se proteger”, reforça Juliana Moretti.

Com essas iniciativas, o MIDR e a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil avançam na construção de um sistema cada vez mais robusto e eficiente de prevenção e resposta a desastres, colocando o Brasil na direção de uma gestão de riscos mais moderna, integrada e comprometida com a preservação de vidas.



Ascom MIDR