No Cerrado, berço das águas e lar de uma biodiversidade única, na Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, de paisagens resilientes e rica sabedoria popular, e na Mata Atlântica, floresta tropical presente em grande parte do litoral brasileiro, que abriga milhares de espécies da fauna e flora ameaçadas de extinção, pulsam os corações de milhares de crianças e adolescentes que acreditam no poder da educação, da história, da tecnologia, da ciência e da cultura para transformar realidades.
E é com esse protagonismo e ideias criativas de transformação da realidade, que estudantes da região Nordeste são destaques e finalistas no Prêmio Criativos Escola + Natureza, que celebra as iniciativas de estudantes engajados na proteção do meio ambiente e na busca por um presente e futuro sustentáveis. Hoje (22), o programa Criativos da Escola, do Instituto Alana, com apoio da Undime e do Greenpeace Brasil, anuncia doze projetos vindos da Bahia, do Ceará, do Maranhão, de Pernambuco e de Sergipe, que estão entre os 33 finalistas da premiação. São eles:
Caatinga: “Amigos do Velho Chico” – Petrolina (PE)
Com fones nos ouvidos e microfones em mãos, os estudantes do Sertão pernambucano criaram um podcast educativo para defender o Rio São Francisco. A série de episódios aborda a conservação do Velho Chico com linguagem acessível e compromisso ambiental, somando vozes em prol das águas do sertão.
Caatinga: “Filtropinha: dos resíduos aos recursos” – Carnaíba (PE)
A manipueira, o líquido tóxico que sobra da produção da farinha de mandioca, ganhou um novo destino na cidade de Carnaíba. Usando cascas de pinha, estudantes desenvolveram um filtro de baixo custo para reduzir o impacto ambiental desse resíduo, transformando o problema em solução com criatividade e ciência.
Caatinga: “Mapeamento das Águas dos Pitaguary: a mulher indígena na ciência das águas” – Maracanaú (CE)
Unindo ciência e ancestralidade, o projeto percorreu aldeias indígenas para analisar a qualidade das águas consumidas pelas comunidades Pitaguary. As descobertas alarmantes se tornaram um alerta público e o protagonismo das pesquisadoras indígenas mostrou que a força da transformação também vem das margens.
Caatinga: “Observatório Socioambiental – SOS Sertão” – Sítio do Quinto (BA)
No semiárido baiano, os estudantes decidiram mapear os principais desafios socioambientais da cidade e agir. O projeto identifica problemas locais e articula a comunidade para cobrar soluções do poder público. Um verdadeiro laboratório cívico e ambiental, onde o protagonismo estudantil se transforma em política local.
Cerrado: “AlertaITZ: Aplicativo de Monitoramento Ambiental e Alertas de Desastres Para Imperatriz (MA)” – Imperatriz (MA)
Quando a tecnologia encontra o cuidado com o território, nascem ferramentas como o AlertaITZ. O aplicativo oferece informações em tempo real sobre enchentes, queimadas e outras emergências ambientais, reunindo informações de fontes como a Defesa Civil local. Mais do que um sistema de alertas, o app conecta pessoas e constrói redes de proteção ambiental.
Cerrado: “Banana Peel: Transformando a casca da banana em papel e material didático” – Imperatriz (MA)
Com criatividade e consciência ecológica, os estudantes deram um novo destino às cascas de banana, transformando-as em papel sustentável. O material é usado especialmente em atividades pedagógicas voltadas para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), unindo inclusão, inovação e combate ao desperdício.
Cerrado: “Protótipo de Sistema de Reuso de Água” – Codó (MA)
Em tempos de crise hídrica, cada gota conta. Por isso, estudantes de Codó criaram um protótipo para reaproveitamento da água na escola. A proposta vai além da tecnologia: ela desperta consciência, incentiva o uso responsável dos recursos naturais e convida toda a comunidade a repensar hábitos.
Mata Atlântica: “Biocerâmicas de cascas de ostras – tecnologia sustentável” – Itapissuma (PE)
Transformar cascas de ostras em cerâmica? Sim! Os estudantes criaram uma alternativa ecológica ao gesso na construção civil, reutilizando resíduos da pesca e contribuindo para a economia circular.
Mata Atlântica: “Ecotech” – Estância (SE)
O projeto atua com comunidades tradicionais, promovendo ações educativas, valorização cultural e conservação dos ecossistemas da Mata Atlântica, com forte protagonismo juvenil.
Mata Atlântica: “Mangue Mania: a Aventura no Reino do Caranguejo-uçá” – Aracaju (SE)
Uma aventura educativa que une cartilha, música e jogos para ensinar crianças sobre a importância dos manguezais. O material virou política pública e já circula pelas escolas da cidade.
Mata Atlântica: “Sistema de Filtragem com Carvão Ativado de Casca de Coco” – Salvador (BA)
Um filtro natural para tratar a água da comunidade do Bairro da Paz. A tecnologia acessível feita com casca de coco vem acompanhada de educação ambiental e mobilização local para garantir água segura.
Mata Atlântica: “O mel de cacau como alternativa ecológica ao controle de ervas daninhas” – Mutuípe (BA)
Substituir agrotóxicos por mel de cacau? Essa é a proposta que reduz custos e impactos ambientais, fortalecendo a agricultura familiar e preservando o solo e os rios da região.
“Esses projetos demonstram que a infância e a adolescência estão pensando e criando boas respostas para enfrentarmos os desafios ambientais do presente e do futuro. Ao conectar cultura, ciência, história, tecnologia e saberes tradicionais, os finalistas do Prêmio Criativos Escola + Natureza mostram que, por meio da educação e da ação coletiva, é possível transformar a realidade local e inspirar um futuro mais sustentável para todos. Essas ideias são sementes que, com o apoio e engajamento de todos, podem crescer e florescer, contribuindo para a transformação da natureza e para a construção de um mundo mais consciente e equilibrado”, afirma Gabriel Salgado, gerente de Educação e Culturas Infanto-Juvenis do Instituto Alana.
Um dos grandes destaques desta edição é que os projetos vencedores não apenas receberão reconhecimento nacional mas, também, viverão uma experiência inédita: os estudantes premiados participarão de atividades relacionadas à COP30, que acontece em novembro, em Belém (PA). Além disso, participarão de uma atividade junto ao Greenpeace Brasil, reforçando o compromisso em defesa do meio ambiente.
Esta edição recebeu 1.593 inscrições, engajando mais de 60 mil estudantes e 5.300 educadores de 738 municípios brasileiros. Entre os projetos inscritos, 468 incluíram estudantes com deficiência, e mais de 90% das propostas vieram de escolas públicas — com forte presença de instituições estaduais (51%) e municipais (33,2%). Escolas federais, privadas e organizações da sociedade civil também marcaram presença.
Sobre o Alana
O Alana é um ecossistema de organizações de impacto socioambiental que promove e inspira um mundo melhor para as crianças. Um mundo sustentável, justo, inclusivo, igualitário e plural. Um mundo que celebra e protege a democracia, a justiça social, os direitos humanos e das crianças com prioridade absoluta. Um mundo que cuida dos seus povos, de suas florestas, dos seus mares, do seu ar.O Alana é um ecossistema de organizações interligadas, interdependentes, de atuação convergente, orientadas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O encontro de um Instituto, uma Fundação e um Núcleo de Negócios de Entretenimento de Impacto. Um combinado único de educação, ciência, entretenimento e advocacy que mistura sonho e realidade, pesquisa e cultura pop, justiça e desenvolvimento, articulação e diálogo, incidência política e histórias bem contadas.
Fonte: Assessoria
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