Nesta segunda-feira (2), o Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) levou 40 estudantes de escolas públicas parceiras para acompanhar uma sessão do Tribunal do Júri. A atividade integra o projeto “Jovem Juiz” e, desta vez, contou com a participação da juíza Carolina Valões, que presidiu o júri e coordena o programa.
Durante a sessão, os alunos aprenderam, na prática, sobre as funções do juiz, do promotor de justiça e do defensor público. Em sua explanação inicial, Carolina Valões orientou os estudantes sobre os procedimentos que compõem uma sessão do Conselho de Sentença e esclareceu dúvidas sobre o funcionamento do julgamento.
Judiciário próximo da sociedade
A magistrada destacou que, com a proposta, conseguiu reunir dois aspectos do seu trabalho no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL): sua atuação como juíza e como coordenadora do PCJE.
“Sou uma amante das ciências criminais, sempre participo de mutirões de júri. E hoje é emocionante estar aqui trazendo o programa que muito me honra coordenar. É um trabalho que acontece fora do gabinete, que me engrandece como juíza por permitir esse diálogo mais próximo com questões sociais que precisam ser vistas com um olhar humanizado”, afirmou Carolina Valões.
A juíza também ressaltou que a experiência aproxima os alunos de uma realidade que faz parte do cotidiano deles, estimulando um olhar mais reflexivo.
“Estamos trazendo os alunos para perto desse julgamento criminal, o que contribui para desenvolver um senso crítico em relação aos delitos. Eles passam a entender como funciona o sistema de justiça, qual é o seu tempo, quantas pessoas estão envolvidas no julgamento e como tudo isso é estruturado”, completou.
O promotor da sessão, Napoleão Amaral Franco, enalteceu o papel do projeto na aproximação do Judiciário com a sociedade.
“O programa quebra a barreira entre o sistema de justiça e o senso comum, mostrando que o Judiciário é uma casa do povo”, destacou.
Ação do projeto "Jovem Juiz" aproxima estudantes do funcionamento do sistema de justiça, reunindo representantes do Judiciário e alunos no Tribunal do Júri. Foto: Filipe Norberto - Ascom/Esmal
Reflexão e aprendizado
O professor de História José Edson Lins acompanhou a sessão e avaliou positivamente a experiência, ressaltando o valor pedagógico da vivência fora da sala de aula.
“Com a presença deles aqui, vivendo a situação, eles conseguem, ao retornar à escola, compreender com mais facilidade todo o conteúdo trabalhado”, afirmou.
Segundo ele, experiências como essa tornam o aprendizado mais significativo.
“Falar de abstração para quem já teve uma experiência concreta tem um impacto muito grande, além de despertar mais interesse”, concluiu.
Vivência transformadora
Monick Gabryelly Alves, aluna do 9º ano da Escola Municipal Antídio Vieira, participou pela primeira vez de uma sessão do Tribunal do Júri e teve a oportunidade de acompanhar os procedimentos ao lado da juíza Carolina Valões.
Monick Garyelly foi uma das estudantes convidadas a acompanhar a sessão ao lado da juíza Carolina Valões. Ela compartilhou impressões sobre a experiência. Foto: Filipe Norberto - Ascom/Esmal
“No começo, fiquei um pouco nervosa de estar ao lado dela, mas ela foi explicando como tudo ia acontecer e eu fui me acalmando. Aprendi que devo selecionar melhor minhas companhias, entender o que é certo e errado, e analisar como devo agir em certas situações”, relatou a estudante.
Participaram da ação as seguintes escolas parceiras do PCJE:
Rede municipal de Maceió - Prof. Antídio Vieira, Dr. José Haroldo da Costa, João Sampaio, Pompeu Sarmento e Zumbi dos Palmares.Rede estadual - Prof. Mário Broad, Princesa Isabel, Profa. Anaías de Lima Andrade, Dr. Edson Bernardes, Prof. José da Silveira Camerino , Prof. Edmilson de VasconcelosPontes e Centro Estadual Educacional Cyro Accioly.
Filipe Norberto - Ascom/Esmal
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