Membros do MPAL participam, em Goiás, de discussões de enfrentamento à violência causada por torcidas organizadas

O enfrentamento de torcidas organizadas no Brasil têm impactado a sociedade com o grau de violência e suas consequências, inclusive com estatísticas de lesões graves e resultado morte. Em Alagoas, os dados revelam um ciclo vicioso e o Ministério Público de Alagoas (MPAL) tem atuado para combater as ações criminosas e garantir a segurança do cidadão que deseje ir aos estádios. Diante dessa triste realidade brasileira, foi criada a Comissão Permanente de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios (COPREVE), um órgão auxiliar do Conselho de Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e da União CNPG. O procurador-geral de Justiça, Lean Araújo, designou o promotor de Justiça Sílvio Azevedo para representar a instituição no mencionado grupo. A reunião ocorreu no Ministério Público de Goiás (MPGO), estado onde o promotor e a procuradora de Justiça Sandra Malta Prata Lima também participaram do 1º Seminário sobre Torcidas Organizadas e Prevenção à Violência dentro e fora dos Estádios.

A Comissão existe há nove anos e tem como propósito cobrar do poder público estadual (por meio das secretarias de esporte e segurança pública), das federações, dos clubes e torcidas organizadas, empenho e compromisso para, preventivamente, garantir a integridade física dos cidadãos que almejem ir ao estádio com suas famílias torcer pelo clube favorito.

O promotor de Justiça Silvio Azevedo reconhece a importância da criação e atuação da Comissão e de se trabalhar a prevenção e combate.

“Sinto-me lisonjeado em representar, por escolha do nosso procurador-geral, o MP de Alagoas num trabalho relevante, integrando essa comissão que visa promover, em nível nacional, a paz dentro e fora dos estádios. Com certeza não serão medidos esforços para contribuir e transformar essa realidade cheia de registros que têm assustado em todo Brasil”, ressalta.

Já o seminário reuniu autoridades da Segurança Pública do Brasil com vasta expertise em abordagens a grandes grupos de pessoas, em gerenciamento de crises , além da aplicação de políticas públicas que garantam segurança nos eventos esportivos. Todas as discussões foram voltadas, exatamente, para se encontrar soluções definitivas e aplicá-las em cada estado. A procuradora de Justiça Sandra Malta, que esteve por muitos anos à frente da Promotoria de Justiça do Juizado do Torcedor, e vivenciou de perto situações críticas, principalmente envolvendo as torcidas organizadas Mancha Azul (CSA) e Comando Vermelho (CRB), reforça a importância de se aprofundar as discussões em ralação à violência no futebol.

“O seminário, nada mais é do que uma troca de conhecimentos que pode aperfeiçoar nosso trabalho e contribuir para novas iniciativas. Tivemos a oportunidade de dividir o espaço com especialistas em segurança pública que explanaram sobre temas importantes relacionados a eventos esportivos, principalmente o futebol, e que podem auxiliar os membros do Ministério Público quando precisarem atuar nesse sentido. Em Alagoas temos a parceria com a Polícia Militar e órgãos ligados ao esporte e já conseguimos, com integração, minimizar essa violência”, destaca a procuradora.

Silvio Azevedo, agora assumindo Promotoria de Justiça do Juizado do Torcedor fala sobre a necessidade de inovação para que possa haver reversão nesse quadro de violência .

“Adquirir novos conhecimentos, ouvir as experiências de outros estados, que trato está sendo dado em relação ao combate a esse mal desencadeado pelo descontrole de membros de torcidas organizadas, o que já deu certo, quais as novas propostas de enfrentamento, tudo isso colabora significativamente com nossas ações. O seminário promovido pela Polícia Militar de Goiás nos trouxe isso”, afirma o promotor.

Ascom MPAL