Mês do Meio Ambiente: Agreste Saneamento traz dicas para o descarte sustentável do óleo de cozinha usado

Um único litro de óleo pode contaminar até 25 mil litros de água, volume equivalente ao consumo de uma pessoa durante seis meses, além de poluir rios e matar peixes

Jogar óleo de cozinha usado na pia, no vaso sanitário ou no ralo ainda é um hábito comum em muitas residências brasileiras. Com a chegada do Dia Mundial do Meio Ambiente, realizado em 5 de junho, a Agreste Saneamento, empresa da Iguá Saneamento em Alagoas, lança campanha sobre o papel do esgotamento sanitário para a conservação da natureza e reforça a importância de práticas conscientes de descarte.

A companhia alerta que um único litro de óleo pode contaminar até 25 mil litros de água, volume equivalente ao consumo de uma pessoa durante seis meses. Ao longo da campanha entre os colaboradores da empresa, já foram encontrados 140 litros de óleo de cozinha usados. Todo esse material será transformado de forma sustentável, sem causar danos ao meio ambiente, especialmente aos rios e mananciais.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o Brasil consome cerca de 3 bilhões de litros de óleo de cozinha por ano. No entanto, estima-se que apenas 5% desse volume seja reciclado, enquanto o restante é descartado de forma convencional.

“Cuidar da água é um compromisso que começa dentro de casa, com atitudes simples, mas poderosas. Ao descartar corretamente o óleo de cozinha, protegemos nossos rios e contribuímos com a saúde do planeta. Acreditamos que cada gesto consciente faz parte de uma transformação maior, e é com esse olhar que seguimos firmes em nossa missão de levar saneamento com responsabilidade e sustentabilidade para toda a região agreste de Alagoas.”, afirma Angela Lins, diretora-geral da Agreste Saneamento.

O descarte inadequado também pode aumentar o risco de enchentes e até contaminar lençóis freáticos. Já em cursos d'água, o óleo forma uma camada que impede a entrada de oxigênio, prejudicando peixes e outras espécies aquáticas. Essa também bloqueia a luz solar, afetando a fotossíntese das plantas e desequilibrando todo o ecossistema. Para ajudar a população a evitar esses danos e contribuir com o meio ambiente, o Agreste Saneamento preparou uma lista de orientações práticas sobre o descarte consciente e a reutilização do óleo de cozinha.

Dicas para o descarte correto do óleo de cozinha usado

Espere esfriar: Após o uso, deixe o óleo resfriado completamente antes de manuseá-lo.

Armazene corretamente: Use uma garrafa PET transparente para armazenar o óleo. Um funil pode facilitar o processo. Não é necessário peneirar.

Evite vazamentos: Feche bem a tampa da garrafa e guarde no local arejado, longe do sol.

Ponto de coleta: Em Arapiraca, a Associação dos Catadores de Resíduos Sólidos de Arapiraca (ASCARAS) realiza a reciclagem de óleo de cozinha, transformando-o em sabão caseiro sustentável. Para outras localidades, procure pontos de coleta disponíveis em sua cidade.

Compartilhe a informação: Avise familiares, vizinhos e amigos sobre os impactos do descarte incorreto e como colaborar.

O que acontece com o óleo descartado corretamente?

Quando transferido para reciclagem, o óleo de cozinha usado pode ser transformado em produtos como sabão em barra, biodiesel e até tintas. Essa reutilização ajuda a evitar a contaminação ambiental, estimula a economia circular e pode até gerar oportunidades de renda em comunidades.

"Quando o óleo de cozinha é descartado na pia, ele se solidifica ao entrar em contato com a água fria e se acumula nas tubulações, causando entupimentos. Nas Estações de Tratamento de Esgoto, essa destruição compromete a eficiência dos processos biológicos, eleva os custos operacionais e pode gerar a sistemática de vetores de doenças. É um impacto silencioso, mas extremamente prejudicial para todo o sistema", afirma José Carlos Almeida de Sousa, diretor de Gestão Operacional da Iguá Saneamento.

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