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Maceió/Al, 19 de junho de 2025

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17/06/2025 às 12:46

Promotoras de Justiça ministram palestra sobre feminicídio e participam de homenagem a estudante do Ifal assassinada

O Feminicídio tem sido tema de discussões e combates permanentes no Ministério Público de Alagoas (MPAL) e, por ser um tema que exige bastante empenho das autoridades diante dos elevados percentuais de casos, anualmente, registrados, levado membros a ministrar palestras em unidades escolares. Recentemente, a coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher, promotora de Justiça Ariadne Dantas, e a coordenadora do Núcleo de Combate ao Crime, promotora de Justiça Mirya Ferro, a convite, tiveram um encontro com estudantes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), em Penedo, espaço educacional que, infelizmente, teve a aluna Roberta Dias como vítima desse crime hediondo em 2012, mas o julgamento dos criminosos só ocorreu em abril de 2025.

Ariadne Dantas destaca a importância de alertar os jovens sobre os primeiros sinais de violência, para que fiquem mais vigilantes em relação aos relacionamentos, e tenham a capacidade de criar consciência sobre eles.

“O Ministério Público tem atuado nesse processo de combate ao feminicídio, que não é uma luta fácil e a fala pode ser ratificada com os dados estatísticos do país mas, também, assustadoramente, os de Alagoas. Afinal, apesar da lei Maria da Penha, de todos os esforços, infelizmente ainda nos deparamos com centenas de denúncias, dezenas de casos com mortes em todo estado, exigindo que sejamos cada vez mais combativos. Nesse caso, os alunos do Ifal organizaram uma homenagem à estudante Roberta Dias, colega de turma deles, brutalmente assassinada há 13 anos, e nos convidaram para palestrar, oportunidade que aproveitamos para mostrar nosso trabalho de enfrentamento e nos colocar à disposição de todos”, pontua.

A promotora de Justiça Mirya Ferro também enfatizou a necessidade de se combater tal estupidez, mostrando que, para se mudar uma realidade, é preciso que eles participem do processo.

“Incansavelmente temos levado esse tema a vários lugares, porque em nossa missão trabalhar a prevenção é prioridade. Estamos diariamente na tentativa de mudar essa triste realidade, ainda comprovada nos tribunais dos júris, também em Alagoas, com o julgamento de centenas de homens que, covardemente, matam mulheres. Enquanto Ministério Público precisamos nos fortalecer todos os dias para conduzir tais casos e brigar pela punição correta dos assassinos, no entanto, ao trazermos essas mensagens para vocês, meninas e meninos, pensamos em vocês como multiplicadores. Infelizmente, uma aluna dessa instituição virou dado estatístico e a forma como aconteceu gera um leque de reflexões para todos”, declara.

Além das palestras, as promotoras de Justiça participaram da inauguração de uma rua que ganhou o nome da estudante Roberta Dias.

O caso

Roberta Dias foi assassinada porque a mãe do namorado Mary Jane Araújo Santos, e o namorado Saullo Santos não aceitavam a sua gravidez. A sogra foi apontada como autora intelectual da morte da adolescente que, por sua vez, contratou Karlo Bruno Pereira Tavares, conhecido como “Bruninho” para executar o plano criminoso.

Antes de ser morta, a adolescente foi vítima de aborto provocado por terceiros. Ela foi levada para um lugar ermo e asfixiada com um fio de som automotivo.

Ascom MPAL

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