Prevenção do AVC e do infarto em presídio de AL é tema de reportagem premiada

Segundo o jornalista Roberto Amorim (no centro) foi uma honra representar Alagoas, principalmente com informações positivas

Regina Carvalho

O jornalista alagoano Roberto Amorim foi reconhecido em evento nacional pela produção de reportagem que tratou do tema prevenção do AVC e do infarto na Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió. O texto mostra o tratamento da diabetes e da hipertensão arterial como forma de prevenir o infarto e o AVC no sistema prisional alagoano.



O texto referenda a qualidade do trabalho da equipe multidisciplinar de saúde do sistema prisional de Alagoas, reconhecida nacionalmente na 2ª edição do Prêmio Boehringer Ingelheim de Jornalismo.



A reportagem foi publicada, no jornal O DIA, no fim de dezembro do ano passado, com o título “AVC e Infarto atrás das grades: as histórias e desafios do trabalho diário de prevenção e combate na Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti, a maior de Alagoas”.

Dos quase 300 trabalhos inscritos de todo o país, a reportagem de Roberto Amorim foi uma das premiadas, na terceira colocação.



“Para além dos cuidados com o corpo, a vivência diária da equipe de saúde com homens invisibilizados pela sociedade lhes oferece acolhimento e esperança - essenciais para quaisquer ações de prevenção ou tratamento. Não há adesão sem confiança”, cita o jornalista em trecho da matéria publicada pelo O Dia.



A reportagem no jornal O DIA foi premiada no último dia 17, em Belo Horizonte (MG), durante o XXXVIII Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, maior evento de saúde pública.



Em cinco páginas, a reportagem revelou a intensa jornada de trabalho de médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem para prevenir o infarto e o AVC (duas das principais causas de morte no Brasil) nas unidades prisionais do estado, com ênfase no trabalho realizado na Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira.



Roberto Amorim, jornalista do município de Viçosa, na zona da mata alagoana, foi uma honra representar Alagoas, principalmente com informações positivas, já que o estado geralmente só é citado nacionalmente com notícias negativas.



Ele ressalta, ainda, que o processo investigativo foi muito enriquecedor ao mostrar o empenho dos profissionais de saúde que trabalham nas unidades prisionais de Alagoas. “É preciso ter muito respeito e admiração por esses profissionais que trabalham dia e noite para cuidar da saúde de mais cinco mil pessoas privadas de liberdade no nosso estado”, disse Roberto Amorim.