“Tudo o que eu vi no filme foi muito importante para mim, porque eu aprendi um pouco mais sobre a lembrança do passado das pessoas e como elas tinham contato. Eu acho que essa experiência aproxima quem é mais jovem de quem é mais velho”. Foi o que disse a estudante Tatiane Anjos, de 12 anos, sobre a sessão de cinema promovida pelo Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) em parceria com o Centro Cultural Arte Pajuçara, nesta quarta-feira, 24.
O momento fez parte da programação do projeto Adote um Idoso, que visa aproximar e gerar troca de experiências entre estudantes e pessoas da terceira idade, e foi voltado a cerca de 160 adolescentes, alunos das escolas municipais Pompeu Sarmento e Silvestre Péricles, e das escolas estaduais Edmilson Pontes, Silveira Camerino e Centro Cyro Accioly. A ação foi realizada no CineArte Pajuçara e marca a primeira parceria entre o programa e o centro cultural.
Foi exibido o documentário ‘Espero que esta te encontre e que estejas bem’ da diretora pernambucana Natara Ney, que acompanha uma investigação para localizar uma mulher que escreveu 180 cartas de amor ao seu noivo, encontradas em uma feira de antiguidades. O filme retrata temas como a persistência da memória e o amor ao longo das gerações.
“Ele coloca gerações em contato, aproxima gerações. Traz um relato antigo, pessoal e íntimo para o tempo de agora. A gente acha que a geração atual está distante das correspondências, quando na verdade a maioria desses jovens desejam estar próximos. O audiovisual faz isso, funciona como uma ponte entre passado e presente”, afirmou a diretora do documentário.
Ao fim da sessão, os jovens aplaudiram o documentário de pé. Para alguns deles, que vivenciaram a experiência de ir ao cinema poucas vezes, o momento foi descrito como algo mágico e bastante informativo, diferente de outros filmes que já assistiram, pois os fez refletir sobre como será a vida quando forem idosos.
É o caso de Valesca Rayra, aluna da 1ª série do ensino médio na Escola Estadual Silveira Camerino. De acordo com a estudante, o filme despertou a vontade de conhecer ainda mais sobre o passado e fortalecer conexões com pessoas mais velhas.
“Não é porque a gente é jovem, que quer saber só sobre os jovens. Eu também quero saber sobre os idosos, ainda mais depois deste filme. Mexeu muito comigo. Agora é uma coisa que eu quero viver, quero receber cartas como faziam antigamente”, contou Valesca.
Para Luzia Rodrigues, pedagoga e integrante do PCJE, a exibição do documentário agrega fortemente ao conteúdo apresentado aos jovens por meio do programa.
“Essa parceria com o CineArte vem para complementar as informações que esses jovens recebem na escola e nas palestras do PCJE. De forma bastante lúdica, eles aprendem sobre o amor, as memórias e nossa trajetória ao longo da vida”, concluiu Luzia, enfatizando o agradecimento ao Centro Cultural Arte Pajuçara.
Mauricio Santana - Ascom Esmal/ TJAL
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