01/11/2022 às 18:38

Alagoas/Estrela Radiosa exibe a arte popular na Casa Brasil Bicentenário Lisboa 2022

Obras podem ser vistas de 05 a 13 de novembro, na exposição que homenageia os 200 anos da Independência. JAMILE E JAILTON - Crédito Carlos Guerriero

A arte e a cultura do Brasil atravessam o Atlântico para desembarcar em Portugal e compartilhar com seus habitantes e turistas a fascinante produção de artistas que, a partir de influências diversas, incluindo as raízes portuguesas, desenvolveram um universo criativo único. Essa jornada é um reencontro e também uma apresentação, lançando luz sobre o artesanato alagoano através da mostra Alagoas/Estrela Radiosa, nova etapa da internacionalização do programa Alagoas Feita à Mão. A iniciativa é apresentada de 05 a 13 de novembro, na exposição Casa Brasil Bicentenário Lisboa 2022.

Realizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Alagoas/Estrela Radiosa tem seu título inspirado na potência criativa do povo alagoano, representados aqui por grandes expoentes do artesanato. Guardiões de saberes e sensibilidades que alicerçam o espírito de sua gente, são como faróis que indicam caminhos múltiplos, de respeito à diversidade e ao outro. Porque a arte, mesmo quando se apresenta como expressão individual, é também coletiva, reflexo do ontem, do hoje e da possibilidade de se criar um outro amanhã.

Com curadoria de Marco Aurélio Pulchério (Marco500) e realização e produção da Marco500/Caboclo, a mostra leva ao público europeu 14 peças dos mestres Aberaldo, Jasson e Sil, e dos artistas populares, Boró Sandes, os irmãos Salvinho e Cicinho, Irailda, Zé Crente, Ismael de Dedé, Jamile e Jailton. Cada um com suas particularidades e assinaturas inconfundíveis, retratam sua cultura e, de forma mais ampla, o universal, investigando a própria essência humana, em diálogo com a natureza e a ludicidade.

As obras concebidas por esses artistas carregam séculos de tradição e memórias, em um processo de resistência que atravessa gerações. Em madeira, barro ou outros materiais, expressam as cores, formatos, sonhos e resiliência de um Brasil cuja cultura mantém-se florescendo, pois o terreno criativo é dos mais férteis.

A Casa Brasil Bicentenário, espaço com curadoria assinada por Bruno Simões que busca reforçar a presença do país em Portugal, enfatiza o desenvolvimento da nação sul-americana nos 200 anos desde a sua Independência e prospecta novos negócios. Os trabalhos dos artistas alagoanos encontram, nesse celeiro criativo, mais uma célebre parada, coroando a trajetória internacional do programa Alagoas Feita à Mão em 2022.

Anteriormente, o projeto mostrou para o mundo a delicadeza e força da arte popular alagoana em exposições altamente relevantes, como a Semana de Arte e Design de Miami e a Casa Brasil Nova York. Ambas tiveram curadoria assinada por Marco Aurélio Pulchério, curador e galerista, e Rodrigo Ambrosio, designer e pesquisador das raízes brasileiras.

Sobre o programa

O Alagoas Feita à Mão é executado desde 2015 pelo Governo do Estado de Alagoas através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (SEDETUR), por meio da Gerência de Design e Artesanato. O objetivo é estruturar e valorizar o segmento artesanal alagoano e, consequentemente, a geração de renda e desenvolvimento socioeconômico da cadeia produtiva artesanal. Com a coordenação de Daniela Vasconcelos, o programa tem, ainda, o intuito de mostrar nacional e internacionalmente a pluralidade da produção local.

O programa celebra a vasta tradição criativa de Alagoas, um estado que respira cultura e congrega diferentes saberes e visões de mundo, do tradicional ao contemporâneo. Seus mestres e artistas populares mantêm vivos processos transmitidos por várias gerações e encontram no estado de Alagoas terreno fértil para contribuir com a arte e a cultura brasileira.

Sobre o curador

Com uma curadoria plural e cuidadosa, de orientações estéticas e estilos autorais diversos, Marco Aurélio Saad Pulchério (Marco500) é responsável pela interlocução comercial de mais de 500 diferentes nomes que ajudam a contar o cenário do design e do artesanato nacional.Por meio de uma atenta gerência de produto, sob sua chancela, a MARCO500 tem, como premissa, guiar artistas, requalificar o público consumidor e colaborar na formação de mecanismos de mercado. A marca é prestigiada como referência em inovação pela mídia especializada, com participação no Projeto “MoMA Design Store Destination Brasil” (2009), e na Mostra Be Brasil, no Fuorisalone da Semana de Design de Milão (2019).

Assina também a curadoria e a realização das exposições ALAGOAS - The Brazilian Artisanal Soul (Miami | 2021) e Alagoas Handmade Collection | Casa Brasil Nova York (Maio | 2022) e, agora, na Casa Brasil Bicentenário. Atualmente, segue provocado a se reinventar, trazer frescor para um mercado exigente e distribuir ao mundo nossa vocação criativa.

Sobre a Caboco

Focada na divulgação e comercialização da arte popular brasileira na União Europeia, a Caboco é uma iniciativa capitaneada por Vera Santiago, Maria Cristina Vervloet e Marco Aurélio Pulchério. Com representação em Lisboa, a Caboco tem seu nome inspirado em uma corruptela do termo caboclo, muito difundida na Amazônia. A escolha do termo expressa os princípios da empresa de celebrar a miscigenação, a simplicidade e a originalidade da cultura popular brasileira.

Ficha técnica

Curadoria:

Marco Aurélio Pulchério

Produção, realização e comercialização:

Marco500 / Caboco

Coordenação:

Daniela Vasconcelos

Fotos:

Carlos Guerriero

Mestres artesãos:

Mestre Aberaldo

Mestre Sil