Dados apurados, no último ano, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua – do rendimento nominal domiciliar per capita, mostram o retrato da desigualdade regional brasileira.
Tomando por base as 3 regiões do país que apresentaram a menor participação em valor absoluto no PIB do país, no ano de 2022, observou-se que a região do Centro-Oeste apresentou um rendimento nominal domiciliar per capitade R$ 1.909,00, um valor 17,5% superior a renda média nacional (R$ 1.625,00), tendo o Coeficiente de Desequilíbrio Regional (CDR) igual a 1,00. O Norte registrou um rendimento de R$ 1.107,00 e um CDR de 0,68. Por fim, a região Nordeste acusou um rendimento 63% inferior ao da região do Centro Oeste e um rendimento de R$ 1.023,00, tornando-se a região de menor rendimento do Brasil.
Destacamos que, conforme previsto pelo decreto n. 9.291/2018, o Coeficiente de Desequilíbrio Regional (CDR) é calculado a partir dos valores de rendimentos regionais em comparação com a média nacional e a população residente apuradas na PNAD, enquanto que, o rendimento nominal domiciliar per capita é obtido através das rendas brutas de trabalho e de outras fontes, recebidas no mês de referência da pesquisa PNAD.
Analisando, ainda, o comportamento dos valores de rendimento nominal mensal domiciliar per capita das cinco menores economias do Nordeste (excluímos as maiores economias da região: Bahia, Pernambuco e Ceará), em 2022, constatamos um novo desequilíbrio, desta vez, entre os estados.
O Rio Grande do Norte apresentou um rendimento nominal domiciliar per capita de R$ 1.267,00, maiormédia do Nordeste, seguido por Sergipe. O Maranhão teve a menor renda da região, com um rendimento per capita de apenas R$ 814,00, o que corresponde a 65% do rendimento médio do Rio Grande do Norte. Por fim, Alagoas, conforme pode ser visto, teve um rendimento de R$ 935,00, superando apenas o estado do Maranhão, apesar de apresentar um aumento de cerca de 20% de sua renda em relação ao ano de 2021.
Assim, esses dois quadros mostram a necessidade urgente de adoção de mudanças importantes no tocante a atual política de desenvolvimento regional, com vistas à redução de desigualdades de renda, enquanto abordagem territorial no Brasil.
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